Sindicato denuncia armas e explosivos guardados sem segurança em presídio de MG
Armas e explosivos armazenados irregularmente em MG

Armas e Explosivos Encontrados em Condições de Risco em Presídio de Minas Gerais

Uma situação de alto risco foi descoberta durante vistoria do Sindicato dos Escrivães e Oficiais Investigadores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep) em uma unidade prisional da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Caixas fechadas contendo armas, explosivos e foguetes foram encontradas armazenadas de forma irregular, representando perigo imediato para o local.

Condições Precárias de Armazenamento

A vistoria, realizada na última terça-feira (25), revelou imagens chocantes registradas pelo sindicato. Os materiais estavam guardados no canto de uma sala, sem qualquer tipo de proteção ou ventilação adequada. O ambiente improvisado e sem isolamento apropriado cria um risco direto e permanente, segundo especialistas.

De acordo com o Sindep, a presença desses itens em locais sem padrões de segurança aumenta significativamente o perigo de acidentes. Além disso, facilita possíveis desvios ou comprometimento de provas, situação que já ocorreu anteriormente em Belo Horizonte, quando a servidora pública Vanessa de Lima Figueiredo foi envolvida no desvio de 220 armas de fogo.

Cobrança por Soluções Estruturais

O presidente do Sindep-MG, Marcelo Horta, foi enfático ao explicar o problema: "O que nós encontramos aqui foram armas, objetos diversos que estão acautelados na unidade policial de maneira inadequada. Todos esses materiais deveriam estar numa central de custódia, conforme determina a lei".

O sindicato revela que desde 2020 cobra do governo do estado e da Chefia de Polícia Civil a criação de uma Central de Custódia adequada para o armazenamento seguro desses materiais. Os problemas identificados em Belo Horizonte e região metropolitana se repetem também no interior mineiro.

Como resposta à grave situação, está marcada para esta quinta-feira (27) uma audiência pública na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O objetivo principal é discutir o problema e a criação da Central de Custódia tão reivindicada pelo sindicato.

O g1 entrou em contato com o governo do estado e com a Polícia Civil para obter posicionamento sobre o caso, mas ainda aguarda retorno oficial das autoridades.