Desaparecimento de Raiane completa 1 ano: 3 presos, corpo não encontrado
Raiane desaparecida há 1 ano: 3 presos, corpo não achado

Um ano de buscas e incertezas

Nesta sexta-feira (28), completa-se exatamente um ano do desaparecimento de Raiane do Prado, uma jovem de 22 anos vista pela última vez em 28 de novembro de 2024, na cidade de Pratânia, no interior de São Paulo. Apesar das intensas investigações e da prisão de três suspeitos, o paradeiro da vítima continua desconhecido, deixando familiares em um limbo de esperança e angústia.

Investigações e prisões

As buscas foram coordenadas pela Delegacia de Defesa da Mulher de São Manuel (SP), que durante o período de investigação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em endereços da cidade. O inquérito policial foi concluído e enviado ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) no dia 15 de abril deste ano.

O documento trabalha com a hipótese de que Raiane foi morta com a participação de três suspeitos. As prisões ocorreram em diferentes momentos:

  • Em janeiro de 2025: um idoso de 67 anos foi preso por suspeita de participação no crime
  • Em março de 2025: dois homens foram presos suspeitos de envolvimento na morte da jovem

Durante as prisões, a polícia apreendeu um revólver calibre 38 e seis cartuchos com os dois homens detidos em março. Já na residência do idoso, os policiais apreenderam um veículo onde foram encontrados itens considerados suspeitos, incluindo:

  • Preservativos
  • Comprovantes de pagamento
  • Uma sacola plástica com resíduos que aparentavam ser sangue

Buscas intensivas e tecnologia

O mesmo veículo apreendido foi flagrado em imagens de segurança cedidas pela Polícia Civil, circulando pelas ruas de Pratânia no dia do desaparecimento da jovem.

Uma das buscas mais intensas ocorreu em janeiro de 2025, em um aterro sanitário às margens da Rodovia João Mellão (SP-225). A operação contou com apoio do Corpo de Bombeiros, que disponibilizou três cães farejadores. A cadela Joy, destaque na operação, já participou de buscas em grandes tragédias nacionais e internacionais, como a queda da barragem em Brumadinho (MG) e o terremoto na Turquia em 2023.

Situação processual e apelo familiar

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o caso corre em segredo de Justiça, e apenas as partes e suas defesas têm acesso ao andamento do processo. A Polícia Civil afirmou que o processo segue em andamento e que há uma audiência marcada para o dia 2 de dezembro.

Para a família, apesar da conclusão do inquérito, a falta do corpo impede que possam se despedir formalmente com uma homenagem ou funeral. Em entrevista, José do Prado, pai de Raiane, disse que a ausência de respostas quanto ao paradeiro da filha mantém a esperança viva. "A gente tem uma esperança, porque não temos uma solução. Não foi encontrado um corpo", declarou o pai emocionado.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) confirmou que o inquérito foi concluído em abril deste ano, mas que a vítima ainda é considerada desaparecida. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu instaurou um Procedimento de Investigação de Desaparecimento (PID) e segue realizando diligências para localizar a jovem.