Protesto no RJ: Familiares de vítimas de megaoperação fecham rua em frente ao IML
Protesto no RJ: familiares fecham rua em frente ao IML

Uma cena de dor e revolta tomou conta da região do Instituto Médico Legal (IML) no Rio de Janeiro nesta quarta-feira. Familiares das 11 pessoas mortas durante uma megaoperação policial realizada no último domingo se reuniram para um protesto emocionante que resultou no fechamento de uma via importante próximo ao local.

Manifestação por justiça

O grupo, formado por pais, mães, irmãos e filhos das vítimas, carregava cartazes com fotos de seus entes queridos e gritava por justiça. A via foi completamente interditada durante o pico do protesto, causando transtornos no trânsito da região.

"Eles eram nossos filhos, nossos irmãos. Merecem respeito e que a verdade seja apurada", declarou uma das manifestantes, que preferiu não se identificar.

Operação policial questionada

A megaoperação que motivou o protesto ocorreu no último domingo e resultou na morte de 11 pessoas em diferentes comunidades da cidade. Segundo a Polícia Militar, a ação visava combater facções criminosas que atuam na região.

Entretanto, familiares contestam a versão oficial e alegam que muitas das vítimas não tinham envolvimento com o crime. Eles exigem transparência nas investigações e punição para eventuais excessos cometidos pelos agentes.

Reivindicações dos manifestantes

  • Apuração transparente das circunstâncias das mortes
  • Punição de policiais que cometeram excessos
  • Respeito no tratamento dos corpos no IML
  • Fim da violência policial em comunidades

Tensão no local

O protesto seguiu de forma pacífica, mas com muita emoção. Os familiares se revezavam em discursos enquanto seguravam as fotos de seus entes queridos. A polícia foi acionada para controlar o trânsito na área, mas não houve confrontos com os manifestantes.

O bloqueio da via durou aproximadamente três horas, até que os organizadores decidiram encerrar a manifestação com a promessa de novos protestos caso suas demandas não sejam atendidas.

O que dizem as autoridades

Até o momento, nenhum representante oficial se manifestou sobre o protesto específico. A Secretaria de Segurança Pública informou que as investigações sobre a megaoperação seguem em andamento e que todos os procedimentos estão sendo acompanhados pelo Ministério Público.

O caso reacende o debate sobre operações policiais em comunidades e o alto número de mortes durante essas ações, um tema que tem gerado constante tensão no estado do Rio de Janeiro.