Dois policiais penais assassinados em MT em 72 horas; visitas suspensas
Policiais penais assassinados em MT; visitas suspensas

O estado de Mato Grosso vive um momento de tensão no sistema prisional após o assassinato de dois policiais penais em menos de 72 horas. Como forma de protesto, o Sindicato dos Policiais Penais (Sindsppen) determinou a interrupção imediata das visitas na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.

Protesto por segurança

Segundo anunciou o Sindsppen neste domingo (23), a medida é uma resposta direta às execuções que vitimaram colegas de profissão. A paralisação deve se estender para outras unidades prisionais nos próximos dias caso não haja avanços nas investigações ou na implementação de medidas de proteção aos servidores.

O sindicato foi categórico em sua nota: "Caso não haja avanços na investigação e nas medidas de proteção, a paralisação das visitas será feita gradativamente nas demais unidades além da PCE. O protesto visa pressionar o governo estadual a garantir a segurança da categoria e a elucidação célere dos assassinatos".

Cronologia das tragédias

O primeiro caso ocorreu na noite de quinta-feira (20), em Sinop, região norte do estado. Fábio Antônio Gimenez Mongelo foi encontrado morto com um tiro na cabeça. A Polícia Civil investiga o crime como uma execução.

Menos de três dias depois, na noite de sábado (22), outro policial penal foi brutalmente assassinado. Desta vez em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. José Arlindo da Cunha, que trabalhava na PCE, morreu com três tiros no rosto.

Busca por respostas

O g1 tentou contato com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) para obter um posicionamento sobre os crimes e as medidas que serão tomadas, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A situação expõe a vulnerabilidade dos profissionais do sistema prisional mato-grossense e levanta questões sobre a segurança dos agentes penitenciários tanto dentro quanto fora dos estabelecimentos prisionais.

Enquanto as investigações não avançam e medidas concretas de proteção não são implementadas, os policiais penais de Mato Grosso seguem em alerta, usando a suspensão das visitas como forma de chamar atenção para a gravidade da situação.