
Não era um dia comum no bairro de São Caetano, em Salvador. Logo cedo, por volta das 5h da manhã, o silêncio foi quebrado por um movimento atípico — e intenso. Quem olhava pela janela via dezenas de viaturas, agentes fardados e um clima de tensão que dava o tom do que estava por vir.
Era a Operação TAKTA em curso, uma força-tarefa que reuniu nada menos que 200 policiais civis e militares. Sim, duzentos. Um contingente expressivo, que deixava claro: a coisa era séria.
O que a polícia apreendeu
Os números falam por si, mas a gente detalha. Foram apreendidos:
- Pelo menos duas pistolas — uma delas, pasme, era ponto vermelho, o que aumenta e muito o perigo em confrontos;
- Diversas porções de drogas, incluindo crack, cocaína e maconha, já devidamente pesadas e embaladas para o varejo do tráfico;
- Um veículo que, segundo as investigações, era usado para facilitar a logística do crime;
- E uma quantia em dinheiro, que ainda está sendo contabilizada.
Além disso, a operação cumpriu mandados judiciais — busca e apreensão, é claro. Tudo autorizado pela Justiça e com base em investigações anteriores da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRRFV).
Por que São Caetano?
Pode parecer só mais um bairro, mas a região tem chamado a atenção das autoridades. Nos últimos meses, tornou-se alvo constante de operações. E não é por acaso.
Informações de inteligência e monitoramento apontavam que o local era usado como ponto de venda de drogas e, pior, como esconderijo para veículos roubados. Um verdadeiro esquema, que ia desde o roubo até a comercialização ilícita.
Não é a primeira vez que a políia age por lá. Longe disso. Mas dessa vez, a escala foi maior — e o recado, mais duro.
O balanço e o que vem por aí
Até o momento, ninguém foi preso — mas a investigação não para. Os apreendidos foram levados para perícia, e os nomes dos envolvidos já circulam nos relatórios policiais.
"A operação foi um sucesso, mas é apenas uma etapa", adiantou um dos delegados envolvidos, que preferiu não se identificar. "Isso aqui é uma teia. E a gente está só começando a puxar os fios."
Enquanto isso, o bairro volta à calmaria — pelo menos por enquanto. Mas a população já sabe: quando se trata de combate ao crime, Salvador não está brincando.