
O que começou como uma terça-feira aparentemente comum no Complexo da Vila Vintem, em Ricardo de Albuquerque, Zona Norte do Rio, transformou-se num verdadeiro teatro de operações. A Polícia Militar botou pra quebrar — e literalmente — removendo nada menos que 25 toneladas de barricadas que criminosos haviam erguido pelas vielas da comunidade.
Imagina só o trabalho: pneus velhos, móveis descartados, restos de construção... Tudo amontoado para dificultar a vida da lei. Pois é, mas dessa vez a estratégia não colou.
Operação de limpeza e prisões
Enquanto muita gente ainda tomava seu café da manhã, as equipes já estavam nas ruas. E não foi pouco que encontraram: além das barricadas monumentais, acharam uma espingarda artesanal — aquelas famosas "caseiras" —, um revólver calibre 38 e uma quantidade considerável de drogas, incluindo crack e maconha prontos para o varejo.
Cinco homens, entre 19 e 35 anos, não tiveram como escapar. Presos em flagrante, agora respondem por tráfico de drogas e associação criminosa. A justiça, como se diz, foi ligeira.
Estratégia diferenciada
O que chamou atenção nessa operação foi o aparato todo. Não era aquela ação simples, não. Vieram com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), é claro, mas também trouxeram o Batalhão de Ações com Cães (BAC) — os famosos "cães farejadores" que são um terror pra quem esconde coisa errada.
E pra completar, helicóptero sobrevoando a área, dando aquela visão aérea que deixa pouco espaço para esconderijos. Parece filme, mas é a realidade do combate ao crime no Rio.
Curioso pensar que tudo isso aconteceu numa comunidade que fica bem na divisa entre Rio de Janeiro e Nova Iguaçu, numa daquelas áreas onde a fronteira entre municípios às vezes vira terra de ninguém.
O que significa na prática
Vinte e cinco toneladas de obstáculos não aparecem do nada, né? Isso demonstra o nível de organização — pra coisa errada, infelizmente — que existia no local. E a quantidade de drogas apreendidas? Bem, dá pra imaginar o tamanho do prejuízo pro tráfico.
Mas o trabalho, como sempre, não para por aqui. A PM já adiantou que as investigações continuam — sempre continuam — para identificar outros envolvidos e desmantelar de vez esse ponto de venda que teimava em funcionar na região.
Enquanto isso, os moradores — esses que sempre ficam no fogo cruzado — respiram um pouco mais aliviados. Pelo menos por enquanto.