O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) afirmou que conduzirá com total independência as investigações sobre a megaoperação policial realizada na última terça-feira (28), que resultou na morte de 28 pessoas. A declaração foi feita pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, durante coletiva de imprensa.
Investigação sem pressões ou premissas pré-estabelecidas
Mattos foi enfático ao declarar que o órgão não estabeleceu premissas prévias sobre o caso e que as apurações seguirão rigorosamente as evidências colhidas. "O Ministério Público atua com independência, sem estabelecer premissas, sem estabelecer verdades prévias", afirmou o procurador-geral.
Câmeras corporais no centro das investigações
Um dos pontos que será minuciosamente analisado é o uso das câmeras corporais pelos policiais durante a operação. O MPRJ já determinou que:
- Todas as imagens gravadas sejam preservadas
- As gravações sejam integralmente analisadas
- Seja verificada a conformidade com os protocolos de uso dos equipamentos
Contexto da operação
A megaoperação, considerada uma das mais letais da história do estado, ocorreu em três comunidades da Zona Norte do Rio e deixou um saldo de:
- 28 pessoas mortas
- 2 policiais feridos
- Diversos veículos e armas apreendidos
O MPRJ ressaltou que todas as versões sobre o caso serão consideradas durante as investigações, que devem apurar tanto a legalidade da operação quanto as circunstâncias de cada uma das mortes registradas.
O compromisso público do Ministério Público em investigar o caso com isenção busca garantir a transparência do processo e a apuração rigorosa dos fatos, especialmente diante da gravidade dos números envolvidos na operação policial.