Uma das operações policiais mais letais da história do Rio de Janeiro motivou a visita de duas ministras do governo Lula ao Complexo da Maré nesta quarta-feira (30). O balanço oficial aponta mais de 120 mortos nos confrontos que aconteceram entre segunda e terça-feira.
Soraia Aparecida dos Santos, ministra das Mulheres, e Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, percorreram as comunidades afetadas pela megaoperação para ouvir relatos dos moradores e avaliar os impactos da ação policial.
Contexto da operação
A intervenção foi justificada pelas autoridades como uma resposta aos ataques criminosos que atingiram ônibus e viaturas policiais na região metropolitana do Rio. No entanto, a escala da operação e o número elevado de vítimas levantaram questionamentos sobre os métodos utilizados.
Compromissos do governo federal
Durante a visita, as ministras anunciaram medidas concretas para amenizar a situação:
- Auxílio emergencial para famílias diretamente afetadas pela violência
- Acompanhamento psicossocial para vítimas e testemunhas dos confrontos
- Investigação aprofundada de todas as mortes ocorridas durante a operação
"Não podemos naturalizar a morte. Cada vida perdida importa", declarou a ministra Anielle Franco durante o encontro com lideranças comunitárias.
Reações e próximos passos
Moradores relataram cenas de terror durante os dias de confronto, com muitos ficando impossibilitados de sair de casa para trabalhar ou estudar. A promessa do governo é de que esta visita seja apenas o primeiro passo de um acompanhamento mais permanente da situação na região.
O caso já mobiliza organizações de direitos humanos e deve gerar desdobramentos nas esferas estadual e federal nas próximas semanas.