Investigacao sobre morte de morador de rua e concluida sem indiciamentos
A Polícia Civil de Sergipe divulgou neste sábado (29) a conclusão das investigações sobre a morte de Luís Maghave, morador em situação de rua de 37 anos, sem realizar qualquer indiciamento. O caso, que ocorreu em 23 de julho no Centro de Aracaju, agora segue para análise do Ministério Público.
Detalhes do ocorrido
De acordo com as autoridades, o incidente aconteceu quando Luís Maghave tentava forçar a entrada no almoxarifado da Polícia Militar, localizado na Rua Pacatuba. Um policial militar efetuou os disparos que resultaram na morte do homem.
Durante as investigações, a Polícia Civil coletou diversas provas técnicas, incluindo laudos periciais produzidos pelo Instituto de Criminalística e pelo Instituto Médico Legal (IML). As imagens de câmeras de segurança das proximidades também foram minuciosamente analisadas pelos investigadores.
Histórico e circunstâncias do caso
O inquérito revelou que Luís Maghave possuía um extenso histórico criminal, com passagens por crimes como estupro de vulnerável, roubo, extorsão, tentativa de homicídio, lesão corporal e ameaça no contexto de violência doméstica.
Segundo os registros policiais, ele já havia sido preso por roubo e progredido para o regime aberto. Em 2022, foi detido novamente por estupro de vulnerável e cumpriu dois mandados de prisão, um em 2022 e outro em 2024. Além disso, respondia a outros processos criminais em andamento.
Um aspecto relevante do caso é que Luís Maghave era diagnosticado com esquizofrenia e recebia acompanhamento do programa da Secretaria Municipal da Saúde e da Pastoral do Povo de Rua.
O atestado de óbito apontou como causa da morte traumatismo craniano e lesão provocada por projétil de arma de fogo.
Decisão da autoridade policial
Com base na análise completa das evidências - incluindo os laudos periciais, exames do local do crime, diligências realizadas e depoimentos colhidos - a autoridade policial responsável decidiu pelo arquivamento do inquérito sem indiciamentos.
O caso agora será encaminhado ao Ministério Público de Sergipe, que fará a análise final e decidirá sobre eventuais medidas adicionais ou o arquivamento definitivo do processo.