Um funcionário terceirizado da Petrobras foi preso em flagrante durante uma operação da Polícia Civil que desmantelou um esquema de furto de combustível em um oleoduto da estatal em Sertãozinho, no interior paulista. O caso, que chocou a região, revelou uma prática criminosa sofisticada que colocava em risco a segurança das instalações.
O papel do "olheiro" dentro da empresa
De acordo com o delegado responsável pelo caso, o homem de 35 anos preso na última quarta-feira (22) havia sido contratado justamente para atuar como vigia do oleoduto, mas usava sua posição privilegiada para facilitar os furtos. Ele atuava como "olheiro" da quadrilha, alertando os comparsas sobre o momento ideal para realizar o crime.
"Ele tinha a função específica de monitorar as movimentações da segurança e das equipes de manutenção. Quando identificava uma janela de oportunidade, acionava os outros integrantes do grupo", explicou o delegado em entrevista.
Operação policial e flagrante
A prisão aconteceu durante a Operação Oleozero, desencadeada após investigações de aproximadamente dois meses. Os policiais receberam informações sobre furtos recorrentes no duto que passa pela zona rural do município e montaram uma estratégia de vigilância.
Os agentes flagraram o suspeito em ação no momento em que ele supostamente dava cobertura para que outros criminosos acessassem ilegalmente o oleoduto. Equipamentos utilizados para o furto foram apreendidos no local.
Riscos e prejuízos do crime
O delegado alertou sobre os perigos envolvidos nesse tipo de criminalidade:
- Risco de acidentes ambientais: As perfurações em dutos podem causar vazamentos de grandes proporções
- Prejuízo financeiro: A Petrobras sofre perdas milionárias com esse tipo de crime
- Perigo para a população: Explosões e contaminação do solo são riscos reais
- Comprometimento do abastecimento: A interrupção no fluxo afeta toda a cadeia de distribuição
Prisão temporária e investigações
O preso foi levado para o Centro de Detenção Provisória de Sertãozinho e responderá pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa. A Polícia Civil continua as investigações para identificar e prender os outros integrantes do grupo.
Este caso evidencia a sofisticação dos métodos utilizados por quadrilhas especializadas em furtar combustível de dutos da Petrobras, exigindo cada vez mais investimentos em segurança e monitoramento por parte da estatal.