Black Friday 2025: Senacon alerta sobre fraudes e direitos do consumidor
Senacon alerta para fraudes na Black Friday 2025

Autoridades alertam para golpes comuns durante a Black Friday

Em entrevista ao programa JR Entrevista desta quarta-feira (26), o secretário Nacional do Consumidor, Paulo Henrique Pereira, fez um alerta importante para os brasileiros que pretendem aproveitar as promoções da Black Friday. A data, que se consolidou no calendário comercial do país, ainda apresenta riscos significativos para os consumidores.

Paulo Henrique Pereira destacou que a Black Friday nasceu com uma experiência considerada "péssima" no Brasil, lembrando que nas primeiras edições os consumidores sentiam falta de descontos reais. Essa situação levou ao apelido de "Black Fraude", marcado pela famosa prática de "tudo pela metade do dobro".

Golpes mais comuns identificados pelas autoridades

O secretário detalhou as formas clássicas de fraude que continuam aparecendo durante o período de promoções. Entre as principais estão preços artificialmente elevados antes da promoção, descontos falsos, fretes excessivos e links fraudulentos criados especificamente para enganar consumidores e capturar dados sensíveis, como informações de cartão de crédito.

Segundo Pereira, enganar o consumidor sobre o preço real dos produtos viola o direito à informação e pode gerar consequências graves para os comerciantes, desde multas até a cassação do direito de exercer a atividade comercial.

Direitos do consumidor mantêm validade total

Um ponto fundamental destacado pelo secretário é que todos os direitos do consumidor permanecem válidos integralmente, mesmo em compras com desconto. Isso inclui o direito ao arrependimento dentro de 7 dias e à troca ou devolução em caso de produtos com defeito.

Para orientar a população, o governo federal criou um manual de proteção específico para a Black Friday. O material contém dicas práticas para verificar a veracidade dos preços, analisar os valores de frete e identificar links suspeitos que possam levar a golpes.

Canais de reclamação e responsabilidade das plataformas

Paulo Henrique Pereira reforçou a importância dos canais oficiais de reclamação, como o consumidor.gov.br, que além de resolver problemas individuais, serve como ferramenta fundamental para orientar políticas públicas baseadas em dados reais.

Os Procons também foram destacados como instrumentos fundamentais e eficientes na proteção aos consumidores. O secretário ainda mencionou os instrumentos privados de resolução de conflitos como alternativas válidas para solucionar problemas.

As plataformas de e-commerce têm responsabilidade solidária nas transações realizadas em seus ambientes virtuais, conforme lembrou o representante do Senacon durante a entrevista com o jornalista Yuri Achcar.

Apesar do amadurecimento tanto de lojistas quanto de consumidores nos últimos anos, os riscos de golpes permanecem - especialmente em um mês onde o público está mais suscetível a ofertas tentadoras. A orientação é que os consumidores fiquem atentos e utilizem os canais disponíveis em caso de problemas.