Uma mercearia localizada no Conjunto Morada do Sol, em Uberaba, foi interditada na última quarta-feira (3) após uma operação conjunta das autoridades encontrar aproximadamente 700 quilos de produtos totalmente impróprios para o consumo. A ação foi desencadeada por uma denúncia anônima recebida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Operação encontra volume alarmante de irregularidades
A intervenção no comércio contou com a presença de fiscais do Procon Estadual, da Vigilância Sanitária e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), além dos representantes do MPMG. Os agentes confirmaram uma série de violações sanitárias graves no local.
Não foram apenas os itens com data de validade expirada expostos nas prateleiras que chamaram a atenção. No estoque, os fiscais identificaram um grande volume de mercadorias em estado deplorável, configurando um risco iminente à saúde pública. A situação era considerada tão crítica que justificou o fechamento imediato do estabelecimento.
Denúncia de trabalho infantil não se confirmou
A denúncia anônima que deu origem à operação também mencionava a possível ocorrência de exploração de trabalho infantil no local. No entanto, após avaliação específica realizada pelo Cerest, essa suspeita não foi confirmada. O foco da interdição permaneceu nas condições sanitárias extremamente precárias.
Empresário terá que cumprir exigências para reabertura
O oficial do MPMG e agente fiscal do Procon Estadual, Wellington Lobão, detalhou as determinações impostas ao responsável pelo negócio. Para que a mercearia possa voltar a funcionar, é necessário:
- Realizar a retirada completa de todas as mercadorias vencidas e mal acondicionadas.
- Promover uma limpeza profunda em todo o estabelecimento.
- Fazer a manutenção adequada de todos os equipamentos.
- Remover quaisquer outros produtos considerados impróprios.
Wellington Lobão deixou claro que uma nova inspeção será agendada apenas após o cumprimento de todas essas exigências. "O comércio só poderá ser desinterditado e retomar as atividades quando houver confirmação oficial de que todas as irregularidades foram sanadas", afirmou o agente.
O empresário deve, portanto, solicitar uma nova vistoria somente após resolver todos os problemas apontados. Até lá, o local permanecerá fechado, impedido de comercializar qualquer produto.