Justiça decreta prisão de motorista que matou indígena e foge em Alagoas
Prisão decretada para motorista que matou indígena em AL

A Justiça de Alagoas determinou, nesta quinta-feira (4), a prisão preventiva do motorista de 35 anos responsável por atropelar e matar o indígena Charles José do Nascimento, da comunidade Wassu Cocal. O crime, que também deixou ferido Carlos Henrique, ocorreu no dia 8 de novembro, em Joaquim Gomes, no interior do estado.

Protesto na BR-101 cobra justiça

Em resposta à demora na prisão do condutor, moradores da comunidade Wassu Cocal interditaram a BR-101 por dois dias. O bloqueio da rodovia foi uma forma de protesto para pressionar as autoridades pela captura imediata do motorista. A ação destacou a indignação da comunidade com o caso.

Suspeito é considerado foragido

A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) informou que, após tentativas frustradas de localizar e prender o condutor, ele agora é oficialmente considerado foragido. O delegado Mário Jorge Barros, gestor da Diretoria de Polícia Judiciária 2 (DPJ2), detalhou que a Justiça acatou a representação policial, imputando ao investigado os crimes de homicídio qualificado com dolo eventual e tentativa de homicídio qualificado.

"Com isso, foi decretada a prisão preventiva do investigado, que ainda não foi localizado. Reforçamos que a PCAL está totalmente empenhada em localizar o investigado, que até o momento permanece foragido", afirmou o delegado.

Detalhes do crime e investigação

O inquérito policial apontou que o motorista, que não teve a identidade revelada, conduzia o veículo em alta velocidade e fugiu do local sem prestar qualquer socorro às vítimas. A PCAL também solicitou a prisão da companheira do suspeito, que estava dentro do carro no momento do atropelamento.

A investigação foi conduzida pelo 110º Distrito Policial de Joaquim Gomes, sob a coordenação do delegado Rubens Cerqueira. A polícia fez um apelo à população, ressaltando que a participação da comunidade é fundamental para localizar o foragido.

Informações podem ser repassadas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181. A polícia garante que cada denúncia é tratada com absoluto sigilo e pode ser decisiva para a prisão do investigado.