Presídio de Tremembé: famosos transferidos e outros permanecem
Presídio de Tremembé: famosos transferidos

O Presídio de Tremembé, localizado no Vale do Paraíba, voltou aos holofotes nesta semana após a transferência de dois dos seus detentos mais conhecidos: o ex-jogador Robinho e o empresário Thiago Brennand. As mudanças ocorreram após pedidos das defesas dos condenados, mas a unidade prisional continua abrigando outras figuras notórias envolvidas em crimes que chocaram o Brasil.

As transferências recentes

Robinho, condenado a nove anos de prisão pela Justiça da Itália por participar de um estupro coletivo em uma boate de Milão, estava no presídio de Tremembé desde março de 2024. Na última segunda-feira (17 de novembro de 2025), ele foi transferido para o Centro de Ressocialização de Limeira.

Thiago Brennand, sentenciado a 20 anos de prisão por estuprar e agredir diversas mulheres entre 2021 e 2022, deixou a unidade na quarta-feira anterior (12 de novembro). Ele estava preso em Tremembé desde junho de 2024 e atualmente cumpre pena na Penitenciária I de Guarulhos.

Quem ainda permanece no complexo prisional

Entre os detentos que continuam no presídio está Fernando Sastre Filho, condenado a 30 anos de prisão por matar um motorista de aplicativo e ferir gravemente outra pessoa em um acidente de trânsito ocorrido em março de 2024. O empresário está em Tremembé desde maio do mesmo ano e responde por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima.

Lindemberg Alves, que manteve Elóa Cristina Pimentel em cárcere privado por mais de 100 horas antes de assassiná-la, também permanece na unidade. Sua condenação inicial foi de 98 anos de prisão, mas a pena foi reduzida para 39 anos. Ele chegou ao complexo de Tremembé em outubro de 2008 e continua preso no local.

Os casos de maior repercussão

Um dos nomes mais conhecidos que ainda está no presídio é Roger Abdelmassih, o ex-médico condenado inicialmente a 278 anos de prisão por estuprar 37 mulheres em seu consultório entre 1995 e 2008. Posteriormente, ele teve a pena reduzida para 181 anos. Preso desde 2014, Abdelmassih permanece em Tremembé, embora tenha cumprido parte da pena em prisão domiciliar devido ao seu estado de saúde.

Ronnie Lessa, condenado a 90 anos de prisão após confessar o assassinato da vereadora Marielle Franco e a participação na morte de um ex-policial, foi transferido para Tremembé em junho de 2024. Ele veio da Penitenciária Federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e integra a lista de presos de alta periculosidade que estão sob custódia do complexo prisional do Vale do Paraíba.

O Presídio de Tremembé continua sendo uma das unidades mais seguras do estado de São Paulo para abrigar condenados por crimes de grande repercussão nacional, mantendo sob vigilância rigorosa indivíduos que cometeram delitos graves contra a sociedade.