Médico condenado por estupro infantil comanda hospital em Santos: vereador denuncia escândalo
Médico condenado por estupro infantil comanda hospital em Santos

Imagine a cena: um homem condenado por um dos crimes mais repugnantes que existem — estupro de criança — não só está solto como comanda um hospital público. Parece roteiro de filme de terror, mas é a realidade em Santos, litoral paulista.

O caso, que veio à tona através de denúncia do vereador Marcos Libório (PL), deixou a cidade em estado de choque. "É inacreditável que isso esteja acontecendo debaixo dos nossos narizes", disparou o parlamentar, visivelmente indignado.

O passado que não passou

O médico em questão — cujo nome foi preservado por questões legais — já tinha sido condenado em primeira instância pelo crime hediondo. Mas aqui vem o absurdo: enquanto aguarda julgamento em segunda instância, segue trabalhando normalmente, inclusive em contato direto com pacientes.

"É como colocar um lobo para cuidar das ovelhas", comparou uma enfermeira que preferiu não se identificar, temendo represálias. E quem pode culpá-la? O clima no hospital está tenso, segundo relatos.

Falhas no sistema ou descaso?

Como isso foi parar? A resposta parece estar na morosidade da Justiça e em brechas na legislação. Enquanto o recurso não é julgado, o condenado mantém seus direitos — incluindo o de trabalhar na área médica.

  • O caso ocorreu há mais de 5 anos
  • A vítima tinha menos de 12 anos
  • A condenação foi por unanimidade

Mas será que direitos profissionais deveriam se sobrepor à segurança da população? Essa é a pergunta que não quer calar entre os moradores de Santos.

Repercussão e próximos passos

A prefeitura, pressionada, emitiu uma nota dizendo que "analisa o caso com a seriedade que merece". Enquanto isso, nas redes sociais, a revolta é geral. "Isso mostra como a lei protege mais os criminosos que as vítimas", escreveu uma usuária no Facebook.

O Ministério Público já foi acionado e deve se manifestar nos próximos dias. Enquanto a justiça não age, a população fica refém de um sistema que, muitas vezes, parece mais preocupado com formalidades que com a proteção dos vulneráveis.

Uma coisa é certa: em Santos, a confiança na saúde pública — já tão abalada — acaba de levar mais um golpe doloroso. Até quando?