
O sol brilhava forte na Praia do Francês, mas aquele verão de 2023 ficaria marcado por um crime que chocou Alagoas. Agora, quase dois anos depois, os holofotes da Justiça se voltam para uma empresária gaúcha acusada de tramar algo que nem em roteiro de filme B: a morte de um advogado.
O caso, que parece saído de uma novela das nove, chegou ao Tribunal do Júri em Maceió nesta quarta-feira (14). E olha que a história tem mais reviravoltas que seriado policial - a defesa alega que a acusada nem estava no estado quando o crime aconteceu.
Os detalhes que arrepiaram a polícia
Segundo a acusação, tudo começou com uma briga de egos que escalou para o inacreditável. O advogado, cujo nome vamos omitir por questões éticas, teria desagradado a empresária em algum negócio. E não foi pouco - ao que parece, a ponto de ela supostamente contratar um pistoleiro para resolver as coisas "na bala".
Os investigadores garimparam provas durante meses. Telefones grampeados, mensagens cifradas, testemunhas que preferiram não aparecer - o pacote completo de um thriller jurídico. Mas será que cola? O júri terá a palavra final.
A defesa contra-ataca
Do outro lado, os advogados da acusada não ficaram parados. Eles apresentaram uma estratégia no mínimo curiosa: provas de que sua cliente estava no Rio Grande do Sul no dia do crime. "Tem até foto com geolocalização e registro em restaurante chique de Porto Alegre", afirmou um dos defensores, visivelmente irritado com o que chamou de "perseguição midiática".
O problema? Segundo o Ministério Público, contratar um assassino não exige presença física. Basta um telefonema, uma transferência bancária... Coisas que, em tese, poderiam ser feitas de qualquer lugar.
O clima no tribunal
Na sala de audiências, a tensão era palpável. Familiares da vítima do outro lado, amigos da acusada rezando baixo. Até os seguranças pareciam mais atentos que o normal. Afinal, não é todo dia que se julga um caso com tantos elementos de novela mexicana.
O juiz, por sua vez, tentava manter a ordem enquanto os advogados trocavam farpas. Em certo momento, até ameaçou expulsar alguém da sala - coisa que não via faz tempo, segundo os funcionários mais antigos do fórum.
Enquanto isso, lá fora, repórteres de pelo menos cinco veículos diferentes disputavam cada declaração dos envolvidos. O caso, que já rendeu até reportagem especial em programa de TV, continua rendendo.
E você, o que acha? Será que a Justiça vai conseguir desvendar esse emaranhado de acusações e defesas? Uma coisa é certa: o veredito promete balançar as estruturas do mundo jurídico alagoano.