Júri popular em Pedra Azul decide caso de assassinato
Um homem de 26 anos foi condenado a 19 anos, dois meses e 12 dias de prisão pelo assassinato de um adolescente em Pedra Azul, cidade localizada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. O julgamento por júri popular ocorreu no fórum da cidade nesta semana, encerrando um caso que se arrastava desde 2019.
Detalhes do crime que chocou a comunidade
O crime aconteceu em junho de 2019. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu, que estava armado, se aproximou de um grupo de amigos da vítima. Ele teria cumprimentado cada um deles e anunciado que atiraria em quem não conhecesse.
Em seguida, Diogo Pires Prates, o adolescente, foi atingido por um tiro no abdômen. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. O autor do disparo fugiu do local e permaneceu foragido da Justiça por quase cinco anos, até ser capturado e submetido a julgamento.
Motivo fútil e agravante da pena
O Conselho de Sentença considerou que o homicídio foi cometido por um motivo fútil, o que configura uma qualificadora do crime. Ao proferir a sentença, a juíza Nayra Karoline Guerino Biondo, que presidiu o júri, destacou outros fatores graves.
Ela ressaltou que o crime foi praticado contra um adolescente e na presença de um grupo de jovens, que incluía o irmão gêmeo da vítima. A magistrada afirmou que essa circunstância causou "repulsa e profunda consternação entre familiares, parentes e amigos", justificando o agravamento da pena aplicada.
Com a decisão, a juíza determinou que a pena seja cumprida em regime inicial fechado. Ela também manteve a prisão preventiva do condenado, que, portanto, não terá o direito de recorrer da sentença em liberdade.