O Ministério dos Direitos Humanos (MDHC) está realizando, na capital federal, um evento crucial para debater o futuro da população idosa brasileira. A 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa acontece em Brasília entre os dias 16 e 19 de dezembro de 2025, reunindo centenas de participantes para fortalecer as políticas públicas voltadas a quem tem 60 anos ou mais.
Foco na equidade e participação democrática
O encontro tem como eixos centrais a discussão sobre equidade, a garantia de direitos e a ampliação da participação democrática no processo de envelhecimento. A conferência serve como um espaço fundamental para que autoridades, delegados eleitos nos estados e representantes da sociedade civil organizem propostas e diretrizes para os próximos anos.
Na cerimônia de abertura, a ministra Macaé Evaristo, titular do MDHC, fez um discurso enfático sobre a diversidade da velhice. Ela destacou que "não existe uma única velhice", mas múltiplas formas de viver essa fase da vida. A ministra também reconheceu o desafio nacional de assegurar o direito a um envelhecimento com dignidade para todos, afirmando que muitos grupos sociais ainda não têm condições adequadas para isso.
"Infelizmente, ainda temos muitas pessoas e grupos no nosso país que não tem condição de envelhecer. Nossa luta é para que todas as pessoas tenham direito ao envelhecimento de qualidade", declarou Macaé Evaristo, reforçando o compromisso do ministério com a causa.
Governo mobiliza mais de 1.300 pessoas para o debate
O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa e presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI), Alexandre da Silva, celebrou a realização do evento e sua capacidade de consolidar a participação social. Ele enfatizou o compromisso do governo federal em ouvir a sociedade civil.
"O governo Lula traz o compromisso de trazer para Brasília mais de 1.300 pessoas que vão pautar nos próximos quatro dias o que o Brasil pode fazer para melhorar a vida das pessoas idosas", afirmou Silva. A grande mobilização de delegados e convidados de todo o país demonstra a importância atribuída ao tema.
Um marco para as políticas públicas
A 6ª Conferência Nacional se configura como um momento estratégico de avaliação e planejamento. Os debates realizados ao longo dos quatro dias devem resultar em um conjunto de propostas que orientarão a atuação do poder público na proteção, promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa.
O evento acontece em um contexto de crescimento da população idosa no Brasil, o que demanda políticas públicas cada vez mais robustas e inclusivas. A discussão sobre equidade é especialmente relevante para enfrentar as desigualdades regionais, de gênero, raça e renda que afetam a qualidade de vida na terceira idade.
O fortalecimento de conselhos de direitos, a melhoria no acesso a serviços de saúde, a garantia de renda, o combate à violência e a valorização do idoso como sujeito ativo na sociedade são temas que permeiam as discussões da conferência, buscando construir um país onde todos possam envelhecer com respeito e dignidade.