
Era pra ser um domingo como qualquer outro em São José do Rio Preto, mas o dia 17 de agosto de 2025 entrou para as estatísticas sombrias da cidade. Dois episódios de violência — separados por poucas horas — deixaram a população em alerta e a polícia com mais perguntas que respostas.
Primeiro veio o tiroteio. Por volta das 9h da manhã, um jovem de 22 anos — identidade preservada — chegou cambaleando no pronto-socorro com dois disparos no abdômen. "Tava branco que nem giz", contou uma enfermeira que pediu anonimato. Os médicos lutaram para estabilizá-lo enquanto a PM colhia fragmentos de informação: o crime teria ocorrido perto do Jardim Redentor, mas detalhes? Nada concreto.
O segundo ato macabro
Enquanto isso, a 15km dali, um grupo de crianças que brincava às margens do Córrego da Servidão deu de cara com algo que nenhum pequeno deveria ver. "Achei que era um boneco", gaguejou um menino de 10 anos aos policiais. Era um homem, já sem vida, com marcas que sugeriam violência — a perícia vai confirmar.
O delegado responsável pelo caso, Marcelo Rios, evitou especulações, mas não escondeu a preocupação: "Dois episódios graves num intervalo tão curto merecem atenção redobrada". A equipe dele agora vasculha câmeras de segurança e ouve testemunhas, tentando descobrir se há — ou não — um fio condutor entre essas tragédias.
E a cidade, que ontem discutia o campeonato municipal de futebol, hoje sussurra nos botecos: será coincidência ou sinal de algo pior? Enquanto isso, famílias dos envolvidos aguardam — algumas por justiça, outras por simples explicações.