Tragédia em Bom Conselho: Motorista Executado a Tiros Dentro do Carro Choca Interior de PE
Motorista executado dentro do carro em Bom Conselho, PE

Era pra ser uma noite como qualquer outra. Mas o que deveria ser apenas mais um deslocamento rotineiro pelas ruas de Bom Conselho terminou em puro horror. Na Rua Professora Cândida de Morais, por volta das 22h30 dessa quarta-feira (20), a violência — essa velha conhecida dos pernambucanos — mostrou sua face mais cruel.

Dentro de um carro, estacionado ali mesmo, um homem foi encontrado sem vida. E não foi um acidente, um mal súbito… foi uma execução. A polícia não tem dúvidas: múltiplos tiros, à queima-roupa, num modus operandi que não deixa margem para dúvidas sobre a intenção de matar.

Quem era ele? A identidade ainda não foi divulgada — a família, é claro, precisa ser avisada primeiro, num momento de luto e desespero. Mas os boatos que correm soltos pela cidade, como sempre acontece, já tentam montar o quebra-cabeça. Dizem que era um homem conhecido na região, mas até agora, tudo não passa de especulação.

O Silêncio que Grita

O mais assustador? A frieza. O crime aconteceu num lugar movimentado, uma rua. Alguém viu? Alguém ouviu? Aparentemente, sim. Mas o medo, esse velho cúmplice da criminalidade, falou mais alto. Até agora, testemunhas são um desafio para a polícia. Quem se dispõe a falar, a arriscar a própria vida, num lugar onde os tiros ecoam com tanta facilidade?

O Instituto de Criminalística (IC) já esteve no local. Periciou a cena, coletou as cápsulas dos projéteis — a prova material, fria e silenciosa, que muitas vezes é a única que fala. Ela vai contar a história dos calibres usados, talvez do número de atacantes… mas não conta o ‘porquê’. Esse, só quem estava lá sabe.

E Agora?

A Delegacia de Homicídios do Agreste assumiu o caso. Eles correm contra o tempo — as primeiras horas são cruciais —, tentando reconstruir os últimos passos da vítima. Com quem ela falou? Para onde ia? Tinha inimigos? Perguntas óbvias, sim, mas que são a única bússola num mar de incertezas.

Enquanto isso, Bom Conselho tenta digerir mais um episódio de violência extrema. A sensação de insegurança, é claro, dispara. Se não se está seguro dentro do próprio carro, onde se estará? É uma pergunta que, infelizmente, muitos brasileiros se fazem todos os dias.

O caso segue sob sigilo. A polícia pede: se alguém sabe de algo, que fale. Discretamente, é claro. No anonimato, se for preciso. Porque no fim das contas, o que está em jogo é muito mais do que solucionar um crime; é tentar devolver um pouco de paz a uma comunidade que vive sob o constante temor da bala.