Mãe entrega próprio filho à polícia após reconhecê-lo em vídeo de assassinato
Um crime chocante abalou a comunidade de Sepetiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, quando uma mãe decidiu denunciar o próprio filho após reconhecê-lo em imagens de câmeras de segurança divulgadas pela polícia. Kelly Silva de Souza não hesitou em entregar Davi de Souza Malto, de 25 anos, acusado de assassinar Laís de Oliveira Gomes Pereira, também de 25 anos.
Detalhes do crime brutal
O assassinato ocorreu no dia 4 de novembro de 2025, quando Laís caminhava pela rua empurrando o carrinho de seu filho de apenas 1 ano e 8 meses. A vítima havia acabado de deixar sua filha de 4 anos na escola quando foi abordada pelos criminosos. Laís foi morta com um tiro na nuca, enquanto a criança no carrinho miraculamente não se feriu.
Dois homens foram presos na última segunda-feira, 10 de novembro: Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto. Ambos confessaram o crime e revelaram que foram contratados para executar Laís pela quantia de R$ 20 mil. Erick era apontado como piloto da moto utilizada no crime e já estava com a prisão decretada, enquanto Davi, acusado de efetuar o disparo fatal, entregou-se à polícia horas depois.
O papel crucial da denúncia materna
Em um emocionante desabafo, Kelly Silva de Souza contou que decidiu denunciar o filho após reconhecê-lo nas imagens divulgadas pela polícia. Ela revelou que Davi havia comentado com vizinhos sobre "ter feito uma m... muito grande". Em entrevista ao RJ1, a mãe desolada pediu perdão à família da vítima.
"Eu quero pedir perdão pra esse pai. Essa família da Laís que chora. Porque se eu tô sofrendo, eu sei que a dor deles é muito maior. Porque as crianças dela vão viver sem a mãezinha deles. Eu não criei um bandido, gente. O meu filho era um menino de bem", declarou Kelly, visivelmente abalada.
Motivação do crime surpreende investigadores
As investigações apontam que Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário planejou o crime com o objetivo de assumir a guarda da filha da vítima. Segundo o delegado responsável pelo caso, os criminosos estavam inicialmente levantando a rotina de Laís, mas decidiram executá-la assim que a encontraram na rua.
As autoridades apuram se havia um relacionamento amoroso entre Gabrielle e o pai da menina, e investigam um comportamento possessivo da suspeita em relação à criança. O caso expõe uma trama complexa onde a disputa pela guarda de uma criança teria culminado em um assassinato brutal.
O crime chocou moradores da região de Sepetiba e levantou discussões sobre a violência urbana e os limites da justiça, especialmente considerando o papel fundamental de uma mãe na resolução do caso.