O jovem Kaique Carlos de Souza Ribeiro, de 21 anos, que ficou nacionalmente conhecido após viralizar nas redes sociais em uma audiência de custódia, morreu durante um confronto com policiais do Comando de Policiamento Especializado de Trindade (CPE) na última segunda-feira (24).
O episódio marcou o trágico desfecho da trajetória do rapaz que acumulava mais de 15 passagens pela polícia, incluindo crimes graves como tentativa de homicídio, roubo e tráfico de drogas.
Os detalhes do confronto fatal
De acordo com informações da polícia, as equipes receberam uma denúncia anônima informando que um carro prata estaria se dirigindo para Deuslândia, distrito de Brazabrantes, com o objetivo de buscar drogas.
Durante a operação, o veículo foi localizado na GO-222. Os policiais realizaram o retorno para fazer a abordagem, mas o motorista decidiu fugir. Na entrada de Inhumas, os ocupantes desceram do carro e iniciaram disparos contra as equipes policiais.
"Eles efetuaram disparos de arma de fogo contra as equipes, não dando outra alternativa a não ser o revide", explicou o tenente Marcus Ungarelli em seu relatório.
Os dois suspeitos foram atingidos durante a troca de tiros. Apesar dos socorros prestados no local, ambos morreram. O outro jovem envolvido não teve sua identidade divulgada.
O vídeo que viralizou nas redes sociais
Kaique Carlos havia conquistado notoriedade nacional em maio de 2025, quando reapareceu em uma audiência de custódia online e foi reconhecido pela juíza Mônica Miranda.
A magistrada reagiu de forma espontânea ao reencontrar o jovem: "Você de novo, Kaique? Ê, menino! Se você fosse meu filho… Me ajuda a te ajudar."
A gravação rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou intensa repercussão, com opiniões divididas sobre a postura da juíza.
Na época, a Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego) saiu em defesa da juíza, afirmando que sua atitude representava um equilíbrio entre firmeza judicial e respeito à dignidade humana.
Histórico criminal extenso
Em publicação nas redes sociais, a polícia detalhou que Kaique Carlos acumulava mais de 15 registros policiais. Entre os crimes listados em seu histórico estão:
- Homicídio
- Tentativa de homicídio
- Roubo
- Tráfico de drogas
- Porte ilegal de arma
- Porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
- Posse de drogas
- Adulteração de sinal identificador de veículo
Dentro do carro utilizado na fuga, os policiais apreenderam tabletes de maconha, armas de fogo e o próprio veículo que foi usado na tentativa de escapar da abordagem.
O caso chama atenção para a complexidade do sistema de justiça criminal e as histórias por trás das pessoas que passam pelas audiências de custódia, mostrando como um momento de aparente descontração pode esconder um trágico destino.