Era um daqueles dias em que o sol castigava sem piedade o asfalto da Via Norte, em Ribeirão Preto, quando um cenário macabro surgiu num terreno baldio — desses que a gente passa todo dia sem prestar atenção. Um homem, ainda não identificado, jazia sem vida, com marcas que contavam uma história de brutalidade. Nada de roupa, só o silêncio pesado e os sinais de violência gritando o óbvio: ali aconteceu algo tenebroso.
Quem deu o alarme foram trabalhadores da região, por volta das 7h desta terça (6). Eles nem imaginavam que a rotina do "bom dia" viraria pesadelo. "Achei que fosse um boneco à primeira vista", confessou um deles, ainda abalado. Até ligar para a polícia, o susto gelou a espinha.
O que se sabe até agora?
A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, mas tá no escuro quase tanto quanto a gente. Sem documentos, sem nome — só a certeza de que o corpo apresentava ferimentos "incompatíveis com a vida", como dizem os peritos. Será briga? Ajuste de contas? Ou coisa pior? Ninguém arrisca palpites ainda.
Enquanto isso, os moradores do Jardim Irajá ficam de olho arregalado. "A gente ouve barulho de tiro toda semana aqui", desabafa uma dona de casa que prefere não se identificar. Medo? Claro. E quem não teria?
Cicatrizes urbanas
Ribeirão Preto, que normalmente faz fama de cidade tranquila do interior paulista, mostra mais uma vez suas feridas. Só neste ano, já são 15 homicídios dolosos — número que, convenhamos, tá longe de ser "coisa de cidade grande".
A Via Norte, onde o corpo foi achado, é justamente uma daquelas vias importantes que cortam a cidade. Movimento intenso, comércio, gente indo e vindo... E no meio disso tudo, um crime que poderia ser de filme policial.
A polícia promete virar cada pedra. Enquanto as câmeras da região são checadas, uma pergunta ecoa: quantos casos assim vão precisar acontecer até que a segurança vire prioridade de verdade?
