Tiros na Madrugada: Homem Executado Frente à Residência da Mãe em Votuporanga Choca Comunidade
Execução a tiros em Votuporanga choca comunidade

A madrugada de terça-feira em Votuporanga não terminou com o silêncio habitual, mas com estampidos de violência que ecoaram pela Rua dos Pintassilgos, no Jardim Alvorada. Por volta das 3h30, o que deveria ser um local de descanso transformou-se no palco de uma cena digna de filme de terror.

Testemunhas — ainda sob choque — contam que ouviram não um, mas vários disparos. Uma sequência rápida e seca, daquelas que não deixam dúvidas sobre a intenção. Quando a poeira baixou, um homem de 32 anos jazia no chão, vitimado por múltiplos projéteis. A cena era dantesca: ele estava caído bem em frente ao portão da casa onde morava sua mãe.

Imagina só a cena? A pessoa que te deu a vida, forced a testemunhar o momento em que a sua é levada com tamanha brutalidade. É de cortar o coração. A polícia chegou rapidamente, mas os autores do crime — acredita-se que eram dois indivíduos — já haviam fugido, sumindo na escuridão como fantasmas.

Não foi um assalto, foi uma execução

Os investigadores já descartam a hipótese de latrocínio. Nada foi roubado. A vítima não era um transeunte qualquer. Tudo indica que aquilo foi uma missão, um acerto de contas com requintes de crueldade. O corpo foi encontrado com marcas de tiros à queima-roupa, um modus operandi típico de execuções.

O delegado plantonista, Dr. Carlos Mendonça, não usou meias-palavras ao dar a declaração. "A natureza dos ferimentos e a forma como o crime ocorreu apontam para uma ação premeditada, uma execução sumária". Palavras duras, que confirmam o pior temor de qualquer comunidade: a justiça pelas próprias mãos.

O que se sabe sobre a vítima?

O homem, cuja identidade foi preservada inicialmente pela polícia, tinha 32 anos e uma ficha criminal que está sendo analisada com lupa. Será que o passado alcançou ele? Essa é a pergunta que fica no ar. A perícia técnica esteve no local até o amanhecer, catando cada cápsula, cada vestígio, numa corrida contra o tempo para achar pistas antes que elas esfriem.

O caso agora está nas mãos do DECOI (Delegacia de Crimes contra o Patrimônio e Investigações de Orientação), que assumiu as investigações. Eles vão vasculhar a vida da vítima, as câmeras de segurança da região (que são poucas, diga-se de passagem) e bater de porta em porta atrás de qualquer testemunha que possa ter coragem de falar.

Enquanto isso, no Jardim Alvorada, o alvorada de quarta-feira chegou com um sabor amargo de medo e luto. Um filho morto. Uma mãe traumatizada. E uma comunidade que se pergunta, mais uma vez, até quando.