Tragédia na Grande BH: Detento do regime semiaberto é executado a tiros ao chegar no trabalho
Detento do semiaberto é executado em canteiro de obras

Era pra ser mais um dia normal. O sol da manhã já castigava o asfalto quando ele desceu do ônibus, seguindo aquela rotina que tantos outros presos do semiaberto conhecem bem: trabalho durante o dia, cela à noite. Só que dessa vez, o retorno nunca aconteceu.

Pouco antes das 7h da manhã, na Avenida José Bernardes Maciel, no bairro Flórida, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vários estampidos cortaram o ar. Testemunhas contam que eram tantos os tiros que perderam as contas — coisa de cinema, sabe? Daquelas cenas que a gente nunca imagina presenciar na vida real.

Uma execução à luz do dia

O que as câmeras de segurança gravaram é de cortar o coração. Dois homens numa moto, dessas que passam despercebidas no trânsito, se aproximaram como quem não quer nada. De repente, num piscar de olhos, começaram a atirar. E atiraram muito. O alvo? Um homem de 38 anos que mal havia chegado ao canteiro de obras onde cumpria sua jornada de trabalho.

Os assassinos — porque é disso que se trata — fugiram rapidamente, deixando para trás uma cena de caos. O que me impressiona é a frieza: foi tudo tão rápido, tão calculado. Parece que sabiam exatamente a hora que ele chegaria.

Quem era a vítima?

O homem, cujo nome não foi divulgado — e talvez seja melhor assim, pela família — cumpria pena no sistema semiaberto. Estava no CDP de Vespasiano, mas tinha autorização para trabalhar durante o dia. Essa é a ideia por trás do regime, né? Reinserir, dar uma segunda chance.

Mas alguém decidiu que ele não merecia essa chance. A pergunta que fica martelando na minha cabeça: o que levou a isso? Dívida com o tráfico? Acerto de contas? Briga pessoal? A polícia ainda está correndo atrás das pistas.

O que as autoridades dizem

A Polícia Militar confirmou que os criminosos usaram uma moto Honda CG 160, de cor vermelha. Já imaginou? Uma moto comum, dessas que a gente vê aos montes por aí. Os dois estavam com capacetes — claro, pra não serem identificados.

O mais triste de tudo: quando os socorristas do Samu chegaram, já era tarde demais. O homem não resistiu aos múltiplos ferimentos. Às 7h15, o óbito foi confirmado. Tudo aconteceu em menos de meia hora — o tempo de um café tomado com calma.

Agora o caso está nas mãos da 2ª Delegacia de Ribeirão das Neves. Eles que vão tentar desvendar esse mistério. Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: até quando vamos conviver com essa violência que não poupa ninguém, nem mesmo quem já estava pagando pelos seus erros?