Uma cena de extrema dramaticidade marcou a cidade de São Carlos, no interior de São Paulo, nesta sexta-feira (25). Um comerciante de 56 anos foi vítima fatal de um assalto a tiros em seu próprio estabelecimento comercial, mas demonstrou incrível força de vontade ao conseguir dirigir até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mesmo após ser baleado no rosto.
Dramática sequência de eventos
O crime ocorreu por volta das 18h30 de quinta-feira (24) em um supermercado localizado na Rua São Joaquim, no bairro Vila Prado. Testemunhas relataram que dois criminosos armados invadiram o estabelecimento com intenção de roubo. Durante a ação, um dos bandidos efetuou disparos que atingiram o comerciante no rosto.
O que mais chocou as testemunhas foi a reação da vítima: mesmo gravemente ferida, ela conseguiu entrar em seu veículo e dirigir aproximadamente 3 quilômetros até a UPA do Jardim Macarengo em busca de atendimento médico emergencial.
Luta pela vida
Na unidade de saúde, os médicos e enfermeiros iniciaram imediatamente os procedimentos para estabilizar o estado do comerciante. Diante da gravidade dos ferimentos, a decisão foi transferi-lo para o Hospital Municipal de São Carlos, onde poderia receber atendimento mais especializado.
Infelizmente, a batalha pela vida chegou ao fim na madrugada desta sexta-feira. Por volta das 3h30, o comerciante não resistiu aos ferimentos e foi declarado morto pela equipe médica.
Investigações em andamento
A Polícia Civil já iniciou as investigações para identificar e capturar os responsáveis pelo crime. Os investigadores trabalham com duas linhas principais:
- Análise das imagens de câmeras de segurança da região
- Busca por testemunhas que possam fornecer informações sobre os criminosos
- Reconstituição dos eventos que levaram ao trágico desfecho
Até o momento, as autoridades não têm informações sobre a motivação específica do crime ou se os assaltantes conseguiram levar algum valor do estabelecimento.
Repercussão e comoção
A morte do comerciante causou comoção na comunidade local. Moradores e outros comerciantes da região expressaram preocupação com o aumento da violência e pediram mais efetivo policial na região.
Este caso se tornou mais um triste exemplo da violência que assola estabelecimentos comerciais, levantando debates sobre segurança pública e proteção aos trabalhadores que mantêm seus negócios funcionando.
O corpo do comerciante foi liberado pelo Instituto Médico Legal e deve ser velado e sepultado ainda neste sábado (26) por familiares e amigos, que recebem apoio da comunidade neste momento de dor.
