
Era pra ser mais uma noite comum, dessas que se repetem infinitamente no calendário. Mas o destino — ou a maldade humana — tinha outros planos para essa quarta-feira (20) em Primavera do Leste.
Por volta das 23h, no Residencial Alphaville, um homem dentro de seu carro estacionado se transformou em alvo. Os tiros ecoaram na escuridão, quebrando a rotina do bairro com um estampido de violência crua.
A vítima: um barbeiro de 37 anos, conhecido na comunidade pelas mãos habilidosas que agora jaziam inertes. Seu nome não foi divulgado — ainda — mas sua história terminou de forma abrupta e brutal.
O Cenário do Crime
Testemunhas relataram à polícia que ouviram os disparos e, ao investigarem, encontraram o veículo com o homem já sem vida. O carro, uma espécie de caixão metálico, guardava cenas que nenhum filme de terror seria capaz de reproduzir.
Não foi assalto. Não foi acidente. Foi execução pura — daquelas que deixam a gente se perguntando: que tipo de dívida se paga com sangue e chumbo?
Operação Padrão da Polícia
Os peritos do ICMT trabalharam no local como formigas especializadas: fotografando, medindo, coletando. Cada cápsula de bala encontrada é uma letra num alfabeto macabro que tentarão decifrar.
O que se sabe até agora? Pouco. Quase nada. Os assassinos sumiram na noite, fantasmagóricos, deixando para trás apenas o silêncio dos que partiram e o barulho ensurdecedor das perguntas sem resposta.
Quem seria ele além do barbeiro? Que histórias suas tesouras cortavam? Que conversas seus clientes levavam para casa junto com os cortes de cabelo?
A Polícia Militar registrou o caso como homicídio qualificado — aquele termo jurídico que tenta dar nome à brutalidade sem rosto. Agora, as investigações correm contra o tempo, enquanto a família da vítima corre contra a dor.
Primavera do Leste, ironicamente nomeada, vive mais um dia de inverno humano. E a gente fica aqui, pensando na violência que não escolhe profissão, não escolhe endereço, não escolhe hora.