Adolescente de 15 anos é esfaqueado dentro de escola pública do DF: entenda o caso
Adolescente esfaqueado em escola pública do DF

O clima de tranquilidade de uma manhã de quinta-feira foi brutalmente interrompido no Centro de Ensino Fundamental 02 do Paranoá. Lá pelas 10h30, quando a maioria dos estudantes estava concentrada nas aulas, um cenário de pesadelo se desenhou nos corredores da instituição.

Um adolescente de apenas 15 anos — imagine a inocência dessa idade — foi surpreendido por um colega, também menor, que sacou uma faca e desferiu múltiplas facadas. O ataque foi rápido, violento, e deixou todos em estado de choque.

O que levaria um jovem a cometer tamanha brutalidade dentro do ambiente escolar? Essa pergunta ecoa entre pais, professores e autoridades.

Corrida contra o tempo para salvar uma vida

O serviço de atendimento móvel de urgência (Samu) chegou rapidamente, mas a cena era desoladora. O adolescente ferido apresentava múltiplos ferimentos por arma branca — um deles, profundamente preocupante, no tórax. Os paramédicos trabalharam contra o tempo para estabilizá-lo antes do transporte.

Enquanto isso, dentro da escola, o pânico se espalhava como rastro de pólvora. Crianças e adolescentes testemunharam algo que nenhum ser humano, muito menos em formação, deveria ver. Professores tentavam acalmar os mais assustados, mas a verdade é que todos estavam tremendo por dentro.

A vítima foi levada às pressas para o Hospital Regional do Paranoá. Seu estado era considerado grave, mas os médicos imediatamente iniciaram os procedimentos para salvar sua vida. Às 14h, ele ainda estava na mesa de cirurgia — uma espera angustiante para familiares e amigos.

O que se sabe sobre o autor do ataque

O suposto agressor, também com 15 anos, não tentou fugir. Foi detido no próprio colégio pela Polícia Militar, que agiu com impressionante rapidez. A arma do crime — uma faca que testemunhou toda a violência — foi apreendida no local.

Os dois jovens se conheciam, estudavam na mesma escola, talvez até compartilhavam o mesmo círculo de amigos. O que teria transformado uma discussão banal, dessas que acontecem todos os dias entre adolescentes, em uma tragédia anunciada?

"É assustador pensar que nossos filhos não estão seguros nem dentro das salas de aula", comentou uma mãe que preferiu não se identificar, seu tom de voz entre a revolta e o desespero.

As consequências imediatas

A Secretaria de Educação do Distrito Federal emitiu uma nota — daquelas cheias de formalidade que pouco confortam — afirmando que está prestando todo o suporte necessário à direção da escola e aos estudantes. Psicólogos foram acionados, mas será que palavras e acompanhamento são suficientes para apagar as imagens que ficaram gravadas na mente dessas crianças?

Enquanto escrevo estas linhas, o adolescente agressor está sob custódia da Polícia Civil. Por ser menor de idade, seu destino seguirá os trâmites da Vara da Infância e da Juventude. Já a vítima luta pela vida em um hospital — seu futuro incerto, sua juventude manchada pela violência gratuita.

Este caso, infelizmente, não é isolado. Reflete uma realidade cada vez mais comum em nossas escolas: a banalização da violência entre jovens. Precisamos falar sobre isso, encarar o problema de frente, antes que mais vidas sejam destruídas.