Violação grave leva à troca da tornozeleira de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve sua tornozeleira eletrônica substituída na madrugada deste sábado (22) após uma violação considerada muito grave pelas autoridades policiais. As informações foram divulgadas inicialmente pelo blog da jornalista Andréia Sadi.
O dispositivo, que monitora presos fora do sistema prisional convencional, precisou ser trocado em caráter de urgência devido à gravidade da violação detectada. A tornozeleira eletrônica representa uma das principais alternativas à prisão em regime fechado no Brasil.
Como funciona o sistema de monitoramento eletrônico
O equipamento pesa aproximadamente 128 gramas e apresenta espessura ligeiramente superior à de um telefone celular, mantendo discrição quando coberto pela calça. Apesar do tamanho reduzido, a tornozeleira conta com tecnologia avançada de GPS e modem para transmissão de dados via rede de telefonia móvel.
As informações de localização são enviadas em tempo real para centrais de monitoramento que podem operar de qualquer região do país. Atualmente, essas centrais funcionam em São Paulo e outros cinco estados brasileiros: Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Mecanismos de segurança e prevenção de violações
O sistema possui diversos mecanismos para evitar tentativas de burlar o monitoramento. A cinta da tornozeleira é fabricada com material resistente e contém uma fibra ótica que emite sinal contínuo. Caso ocorra qualquer corte no dispositivo, um alarme é imediatamente disparado na central.
Os sensores do equipamento continuam funcionando mesmo em áreas com ausência de sinal de celular, garantindo o monitoramento ininterrupto. Qualquer violação das regras estabelecidas gera alerta automático ao centro de monitoramento, acionando imediatamente a polícia.
Quem utiliza tornozeleiras eletrônicas no Brasil
O dispositivo pode ser utilizado por diferentes perfis de monitorados:
- Criminosos em prisão domiciliar que não podem sair de casa
- Indivíduos que trabalham durante o dia, mas precisam cumprir horários rígidos de retorno à residência
- Agressores com medidas protetivas que os impedem de se aproximar das vítimas
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão e atualmente cumpre prisão preventiva, tendo sido levado à Polícia Federal. O caso continua em atualização pelas autoridades competentes.