
Um episódio dramático envolvendo um político paraibano está agitando o cenário jurídico e policial do estado. Edvaldo Targino da Silva, vereador do município de Sapé, foi preso nesta quarta-feira (16) suspeito de envolvimento em um homicídio, mas sua passagem pela carceragem foi marcada por complicações de saúde.
Crise de saúde atinge vereador após prisão
Segundo informações oficiais, o parlamentar começou a passar mal enquanto estava detido nas dependências policiais. Edvaldo Targino teria desenvolvido uma crise severa de claustrofobia, seguida por uma luxação no ombro que exigiu atendimento médico imediato.
O estado de saúde do vereador se agravou a ponto de necessitar de transferência para um hospital da região, onde recebeu os primeiros cuidados. As circunstâncias exatas que levaram à luxação ainda estão sendo apuradas pelas autoridades.
Acusação de homicídio abala cidade do interior
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 1ª Vara da Comarca de Sapé, vinculando o vereador ao homicídio de José Carlos da Silva, de 44 anos, ocorrido em agosto de 2023. A vítima era ex-cunhado do acusado, o que sugere que o crime possa ter motivação passional ou familiar.
O caso chocou a comunidade de Sapé, cidade localizada a cerca de 50 km de João Pessoa, onde Edvaldo Targino exerce mandato eletivo. A situação expõe as tensões entre o poder político e a aplicação da lei no interior paraibano.
Operação prende outros dois suspeitos
Além do vereador, a operação policial resultou na prisão de mais dois homens suspeitos de envolvimento no crime:
- José Carlos da Silva (homônimo da vítima), de 44 anos
- José Eraldo da Silva, de 49 anos
Os três detidos foram encaminhados para o Complexo Penitenciário de Mangabeira, em João Pessoa, onde aguardam os próximos passos do processo judicial.
Problemas de saúde em custódia preocupam defensoria
O episódio da crise de claustrofobia e luxação do ombro do vereador levanta questões sobre as condições das carceragens paraibanas e a assistência médica prestada a detentos com problemas de saúde.
Especialistas em direito penal alertam que casos como este exigem acompanhamento rigoroso das condições de custódia, especialmente quando envolvem autoridades públicas ou pessoas com condições médicas preexistentes.
O caso continua sob investigação da Polícia Civil da Paraíba, que deve apresentar novos detalhes sobre as motivações do crime e o envolvimento dos acusados nas próximas horas.