Tarcísio defende Bolsonaro após prisão e chama decisão de 'irresponsável'
Tarcísio critica prisão de Bolsonaro e promete apoio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se manifestou publicamente neste sábado, 22 de novembro de 2025, contra a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em declaração contundente, o político classificou a determinação do Supremo Tribunal Federal como "irresponsável" e afirmou que a medida "atenta contra o princípio da dignidade humana".

Reação imediata do governador paulista

Tarcísio, que é apontado como principal nome para substituir Bolsonaro na disputa eleitoral do próximo ano, não poupou críticas à decisão judicial. Ele destacou que Bolsonaro tem enfrentado "todos os ataques e todas as injustiças com a firmeza e a coragem de poucos".

O governador questionou especialmente as circunstâncias da prisão, argumentando que retirar um homem de 70 anos de sua casa, desconsiderando seu estado de saúde e ignorando laudos médicos, configura uma violação grave de direitos. "Bolsonaro é inocente e o tempo mostrará", afirmou Tarcísio, finalizando com a promessa: "Seguimos firmes ao seu lado e lutaremos para que essa injustiça seja reparada o quanto antes".

Contexto da prisão e cancelamento de visitas

A prisão preventiva de Bolsonaro foi decretada após o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal alertar o STF sobre uma violação do equipamento de monitoramento eletrônico. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a possível ruptura da tornozeleira ocorreu às 0h08 do dia 22 de novembro de 2025.

Moraes fundamentou sua decisão afirmando que a informação "constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga", situação que teria sido facilitada pela confusão causada por uma manifestação convocada por um dos filhos do ex-presidente.

Como consequência direta da prisão, foi cancelado o encontro que Tarcísio havia marcado com Bolsonaro para o dia 10 de dezembro. O governador paulista tinha obtido autorização prévia do ministro Alexandre de Moraes para visitar o ex-presidente no condomínio onde mora em Brasília.

Repercussão entre aliados políticos

A medida judicial gerou reações imediatas de outros governadores aliados do ex-presidente. Romeu Zema, governador de Minas Gerais, declarou que "a injustiça prevaleceu". Já Jorginho Mello, governador de Santa Catarina, manifestou-se através das redes sociais, afirmando que "para qualquer espectador externo é no mínimo confuso entender a situação atual brasileira".

Havia expectativa de que outros dois governadores também visitassem Bolsonaro: Cláudio Castro do Rio de Janeiro e Ronaldo Caiado de Goiás. Com a prisão, todos os encontros foram cancelados e, para novas visitas, será necessário realizar pedidos específicos às autoridades judiciais.

A Polícia Federal cumpriu a decisão de Moraes ainda na madrugada deste sábado, marcando mais um capítulo na sequência de eventos judiciais envolvendo o ex-presidente desde o final de seu mandato.