Superintendente da RBTrans é investigado por assédio e falta a audiência na Câmara de Rio Branco
Superintendente da RBTrans falta a audiência sobre assédio

Parece que o superintendente da RBTrans, aquele mesmo que tá no centro de uma tempestade por suposto assédio moral, decidiu dar um belo de um fora. A audiência pública marcada para esta segunda-feira (19) na Câmara Municipal de Rio Branco ficou esperando – e ele simplesmente não apareceu. Nada. Zero.

E olha que a convocação não era qualquer coisa. Os vereadores, com aquele misto de curiosidade e dever, queriam esclarecer as denúncias pesadas que pipocaram contra o gestor. A justificativa? Um atestado médico. Sério mesmo.

O silêncio que fala mais alto

Agora, cá entre nós, a situação é no mínimo esquisita. Você marca uma reunião dessas, todo mundo se prepara, a imprensa fica de olho… e o principal interessado some. O presidente da Casa, vereador Juruna, não disfarçou a irritação. Disse, com todas as letras, que a ausência foi uma "afronta ao Poder Legislativo". E não é que ele tem um ponto?

O pano de fundo dessa novela toda são alegações sérias de assédio moral. Um ex-funcionário da RBTrans, que prefere não se identificar – e quem pode culpá-lo? –, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho. A história é pesada: humilhação, pressão psicológica, aquele assédio velado que corrói qualquer um. O processo ainda tá rolando, mas já virou polêmica pública.

E agora, o que vai ser?

Sem o superintendente para se explicar, a audiência praticamente murchou. Os parlamentares discutiram o que fazer, obviamente frustrados. Juruna adiantou que a Mesa Diretora vai se reunir pra decidir os próximos passos – e pode apostar que as consequências virão. Talvez uma nova convocação, talvez medidas mais duras. A bola agora está com eles.

Enquanto isso, a administração estadual, que nomeou o superintendente, mantém aquele silêncio de pedra. Nenhum posicionamento, nenhuma nota. O que será que tão pensando no Palácio? Será que vão bancar o gestor até o fim ou a pressão vai falar mais alto?

Uma coisa é certa: a população de Rio Branco merece respostas. Serviços públicos, ainda mais os essenciais como o trânsito, dependem de uma gestão íntegra. Quando surgem sombras sobre quem comanda, é dever de todos – imprensa, Legislativo, sociedade – cutucar a ferida até que a verdade apareça. E dessa vez, parece que ela vai ter que ser arrastada à força.