Republicanos suspende sindicalista investigado na CPMI do INSS
Republicanos suspende sindicalista na CPMI do INSS

Republicanos corta laços com sindicalista envolvido em escândalo do INSS

O partido Republicanos anunciou nesta semana a suspensão imediata da filiação de Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA). A decisão ocorre em meio às investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS, que apura supostas irregularidades no instituto.

Investigações na CPMI do INSS

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS de 2025 realiza audiências para investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social, com foco em descontos irregulares aplicados em benefícios de aposentados e pensionistas. A comissão é composta por 32 parlamentares titulares e igual número de suplentes, incluindo senadores e deputados federais.

Abraão Lincoln Ferreira da Cruz foi ouvido pela CPMI no dia 3 de novembro de 2025, quando foram apresentadas as graves acusações que motivaram a ação do partido. A CBPA, entidade que ele preside, é uma das organizações investigadas pela Polícia Federal no escândalo do INSS.

Decisão do Republicanos

Em nota oficial, o Republicanos informou que o Conselho de Ética e Disciplina do Diretório Nacional tomou a decisão liminar de suspender a filiação do sindicalista. A medida está baseada no artigo 63, parágrafo 5º do Estatuto do partido.

O processo ético disciplinar que trata do caso foi registrado sob o número 001/2025. O partido determinou ainda a citação formal de Abraão Lincoln nos autos do processo interno.

Em sua declaração, o Republicanos deixou claro que apoia integralmente as investigações em andamento e reforçou que repudia qualquer forma de fraude, corrupção ou desvio de recursos públicos.

Próximos passos

Com a suspensão da filiação, Abraão Lincoln Ferreira da Cruz terá que responder às acusações tanto no âmbito partidário quanto perante as investigações da CPMI do INSS. O caso continua sob análise da comissão parlamentar, que deve promover novas oitivas nas próximas semanas.

A situação do presidente da CBPA ilustra a pressão por transparência no sistema previdenciário brasileiro e demonstra a reação rápida dos partidos políticos diante de escândalos que envolvem desvios de recursos públicos.