PF determina tornozeleira para publicitária do PT em operação bilionária do INSS
Publicitária do PT usará tornozeleira em operação da PF

Uma nova etapa da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), resultou em medidas restritivas severas contra uma empresária do setor publicitário com histórico de atuação em campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT). A ação foi deflagrada nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025.

Decisão judicial impõe medidas cautelares

Por determinação do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), a empresária Danielle Miranda Fonteneles terá que usar tornozeleira eletrônica. A decisão judicial também inclui a obrigação de entregar seu passaporte às autoridades, ficando proibida de deixar o país.

Além disso, a investigada está impedida de manter contato com outros indivíduos que também são alvos das investigações do mesmo esquema. As medidas visam garantir o andamento das apurações sobre um suposto esquema bilionário de fraudes contra aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Papel da empresária e vínculos com o esquema

De acordo com a Polícia Federal, Danielle Miranda Fonteneles era "responsável por iniciativas da organização criminosa" sob investigação. As apurações indicam que a publicitária recebeu valores financeiros diretamente de Antônio Carlos Camilo Antunes, figura central do caso e conhecido como "Careca do INSS".

Os repasses suspeitos totalizam cerca de R$ 5 milhões, conforme os investigadores. A empresária atuou profissionalmente em campanhas de candidatos petistas, embora as investigações estejam focadas em suas relações com o esquema de desvios, e não em sua atividade partidária.

Operação Sem Desconto e o esquema bilionário

A Operação Sem Desconto investiga um complexo sistema de fraudes que teria desviado bilhões de reais dos cofres da Previdência Social. O alvo principal é a suposta organização criminosa chefiada pelo "Careca do INSS", acusada de articular golpes contra beneficiários do instituto.

A inclusão de Danielle Miranda Fonteneles nesta nova fase da operação sinaliza a ampliação das investigações para incluir supostos operadores financeiros e facilitadores do esquema. As medidas cautelares determinadas pelo STF refletem a gravidade das acusações e o risco considerado para a instrução processual.

O caso segue sob sigilo judicial em diversos aspectos, e novas etapas da operação podem ser deflagradas conforme as investigações da PF e da CGU avançam na apuração de todos os envolvidos e na recuperação dos valores desviados.