O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã deste sábado, 22 de novembro de 2025. O despacho, assinado pelo magistrado, contém 17 páginas com um relato minucioso sobre as justificativas que levaram à medida cautelar.
Motivos da prisão
No documento, Alexandre de Moraes apresenta um longo e detalhado relato de como Bolsonaro teria buscado romper a tornozeleira eletrônica em uma possível tentativa de fuga. O plano, segundo o ministro, envolveria uma vigília convocada por Flávio Bolsonaro para a portaria do condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.
De acordo com o despacho, a manifestação poderia dificultar a ação policial e a fiscalização da prisão de Bolsonaro. O ministro citou especificamente o risco de fuga e a violação da tornozeleira eletrônica como fundamentos principais para a decisão.
Operação de prisão
Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado e levado para a superintendência da Polícia Federal em Brasília. A operação ocorreu sem incidentes maiores, segundo relatos de autoridades presentes no local.
O ex-presidente estava em prisão domiciliar desde decisão anterior do STF no contexto do julgamento da trama golpista. As novas informações sobre supostas tentativas de burlar a vigilância eletrônica motivaram a mudança na medida cautelar.
Contexto do caso
O caso remonta ao julgamento da trama golpista no STF, que teve participação ativa de Alexandre de Moraes. As investigações apontam para supostas tentativas de golpe de estado após as eleições de 2022, com envolvimento de militares, políticos e apoiadores do ex-presidente.
O despacho de 17 páginas representa mais um capítulo no processo judicial que mantém Bolsonaro sob vigilância constante das autoridades. A íntegra do documento está disponível para consulta pública, permitindo que a sociedade acompanhe os detalhes da decisão.
Esta não é a primeira vez que Alexandre de Moraes determina medidas restritivas contra o ex-presidente. O ministro tem sido uma figura central nos processos que investigam supostas ações antidemocráticas durante e após o governo Bolsonaro.