Prisão de Bolsonaro: Ricardo Nunes e Tarcísio criticam decisão de Moraes
Prisão de Bolsonaro: aliados criticam decisão

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã deste sábado (22), em uma operação que gerou reações imediatas de aliados políticos. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Solidariedade de Ricardo Nunes

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), cancelou sua agenda pública para se manifestar sobre o caso. Em nota divulgada nas redes sociais, ele expressou solidariedade ao ex-presidente e questionou os fundamentos da prisão.

Nunes destacou que agentes da Polícia Federal já realizavam monitoramento 24 horas na residência de Bolsonaro, o que tornaria "frágil qualquer argumento de tentativa de fuga". O prefeito também mencionou o estado de saúde do ex-presidente, afirmando que ele sempre cumpriu com suas obrigações perante a Justiça.

Críticas de Tarcísio de Freitas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também se posicionou contra a prisão. Em suas declarações, ele classificou Bolsonaro como inocente e afirmou que seguirá firme ao lado do ex-presidente.

Tarcísio criticou a retirada de "um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde", qualificando a medida como "irresponsável" e contrária ao princípio da dignidade humana. O governador garantiu que lutará para que "essa injustiça seja reparada o quanto antes".

Motivos da prisão preventiva

A prisão deste sábado é uma medida cautelar que não está diretamente relacionada com a condenação a 27 anos por tentativa de golpe de Estado. De acordo com a decisão de Alexandre de Moraes, a detenção foi solicitada pela PF após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente na noite de sexta-feira (21).

O ministro considerou que a realização da vigília representava "altíssimo risco para a efetividade da prisão domiciliar decretada" e poderia colocar em risco a ordem pública. Moraes também destacou que a residência de Bolsonaro em Brasília fica a aproximadamente 13 km da embaixada dos Estados Unidos, lembrando que o ex-presidente já havia planejado fuga para a embaixada da Argentina durante as investigações.

Bolsonaro foi levado por volta das 6h de sua casa para a Superintendência da PF em Brasília, onde cumprirá a prisão preventiva determinada pelo STF.