
Eis que a política paraibana mergulha em mais um escândalo de tirar o fôlego — e não, não é exagero. O Ministério Público decidiu botar a boca no trombone e formalizou uma denúncia que parece roteiro de filme policial, mas é pura realidade cabedelense.
No centro da trama, três figuras: o atual prefeito de Cabedelo, um ex-prefeito do município e — segurem seus chapéus — um traficante local de alta periculosidade. A acusação? Aliciamento eleitoral com um tempero violento que beira o inacreditável.
O núcleo duro da acusação
Segundo as investigações, a coisa funcionava numa base de "ou você coopera, ou se complica". Eleitores eram abordados com promessas de benefícios sociais, mas a conversa mudava de tom rapidamente. Quem relutava em apoiar o grupo no pleito de 2024 recebia visitas nada amigáveis e ameaças veladas — ou nem tanto.
O traficante, segundo o MP, atuava como braço operacional dessa máquina de intimidação. Usava sua influência nas comunidades para coagir, pressionar e, em alguns casos, simplesmente amedrontar quem pensasse duas vezes antes de ceder ao jogo sujo.
Não bastasse o clima de terror, o esquema também distribuía cestas básicas e outros benefícios de forma ilegal — claro, sempre com a bandeira dos acusados estampada, como se fosse ajuda desinteressada. Que ingenuidade achar que ninguém notaria, não?
As consequências judiciais
Agora o trio responde por uma série de crimes eleitorais graves. Aliciamento de eleitores, é claro, mas também captação ilícita de sufrágio, uso de máquina pública para benefício eleitoral e — aqui o bicho pega — associação criminosa.
O pior de tudo? Essa não é uma investigação recente. O MP vem coletando evidências desde o ano passado, com quebras de sigilo bancário, telefônico e até escutas ambientais que pintaram um quadro assustadoramente organizado.
E pensar que tudo isso acontecia a poucos quilômetros de João Pessoa, como se a lei fosse uma sugestão e não uma obrigação. A população de Cabedelo merece muito mais que isso — muito mais.
O caso segue sob segredo de Justiça, mas já ecoa pelos corredores do Tribunal Regional Eleitoral com força total. Resta saber se a justiça será rápida o suficiente para cortar o mal pela raiz antes que novas eleições cheguem.