
O que era apenas um desentendimento interno explodiu numa crise de proporções inesperadas. O Progressistas (PP) decidiu ontem pela expulsão do deputado federal Fufuca — sim, expulsão mesmo — depois que o ministro do Turismo, Celso Sabino, resolveu fazer ouvidos moucos à orientação partidária.
E olha que a situação é das mais curiosas: o partido havia dado um prazo até segunda-feira para que Sabino abandonasse seu cargo no governo Lula. O ministro, contudo, parece ter achado que o recado não era com ele. Seguiu tranquilamente em suas funções, como se nada tivesse acontecido.
Reação imediata e sem rodeios
O PP não perdeu tempo. A executiva nacional do partido se reuniu de emergência e a decisão foi unânime — coisa rara nesse meio político. Fufuca, que até então era uma das vozes mais atuantes da bancada, foi simplesmente chutado para fora do partido.
É aquela velha história: quando o peixe começa a feder pela cabeça... E nesse caso, a cabeça era o ministro que se recusou a seguir as regras do jogo.
O que levou a essa crise toda?
Bom, para entender o tamanho do estrago, precisamos voltar algumas casas no tabuleiro. O Progressistas havia oficialmente determinado que seus membros no governo deveriam pedir demissão. Era uma jogada política clara, um movimento para reposicionar o partido na cena nacional.
Mas eis que surge um problema: Celso Sabino, o ministro do Turismo, simplesmente ignorou a determinação. Continuou no cargo, dando entrevistas, participando de eventos oficiais, fazendo planos para o setor — como se a ordem partidária fosse apenas uma sugestão opcional.
As consequências do desacato
A reação do PP foi imediata e dura. Muito dura, diga-se de passagem. Expulsar um deputado federal não é algo que se faça todos os dias — é tipo aquela medida nuclear que todo mundo sabe que existe, mas ninguém acha que vai ser usada.
E o pior — ou melhor, dependendo de que lado você está — é que a situação de Fufuca ficou complicadíssima. Sem partido, sem apoio, sem aquela estrutura que todo político precisa para sobreviver nesse mar bravio que é a Câmara dos Deputados.
E agora, José?
O que me deixa pensando é: será que valeu a pena? O ministro manteve seu cargo, mas às custas de quebrar a disciplina partidária e sacrificar um colega de bancada. É daquelas jogadas políticas que ou te consagram como um estrategista brilhante ou te afundam de vez na lama.
Enquanto isso, o governo Lula assiste a tudo de camarote. Mais uma crise na base aliada, mais um problema para gerir — como se já não tivessem suficientes.
O certo é que o PP mandou um recado claro para todos os seus membros: aqui se faz, aqui se paga. E quem desobedece às regras, paga o preço mais alto.
Resta saber se essa estratégia de linha dura vai fortalecer o partido ou apenas criar mais divisões internas. Na política, como na vida, às vezes o remédio pode ser pior que a doença.