PF solicita proteção para delator da trama golpista
A Polícia Federal encaminhou um pedido formal ao Supremo Tribunal Federal para incluir o tenente-coronel Mauro Cid no Programa de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro tornou-se delator da trama golpista que tentou mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Medida considerada indispensável para segurança
De acordo com a corporação policial, a inclusão de Cid no programa de proteção é considerada "indispensável" para preservar a integridade física dele e de seus familiares. O ofício foi enviado ao STF no dia 14 de novembro de 2025, conforme informação divulgada pela jornalista Anna Satie.
O ministro Alexandre de Moraes, que atua como relator do caso, já encaminhou a solicitação para análise da Procuradoria-Geral da República. O órgão tem até a próxima quarta-feira, dia 19 de novembro, para se manifestar sobre o pedido.
Possíveis medidas de proteção
Caso o requerimento seja aceito, um conselho composto por diversas instituições avaliará as medidas necessárias para garantir a segurança do delator. Entre as possibilidades estão:
- Escolta permanente
- Segurança na residência
- Preservação da identidade
- Auxílio financeiro mensal, caso não possa trabalhar regularmente
O conselho será formado por representantes do Ministério Público, órgãos de segurança pública e entidades de defesa dos direitos humanos.
Contexto do caso
Há duas semanas, o Supremo Tribunal Federal autorizou que Mauro Cid retirasse a tornozeleira eletrônica e cumprisse o restante de sua pena em regime aberto. O militar foi condenado a dois anos de prisão por sua participação na tentativa de golpe de Estado que visava manter Jair Bolsonaro no poder em 2022, mesmo após a derrota nas urnas.
A delação de Cid tem sido fundamental para elucidar os detalhes da trama golpista, tornando sua proteção uma questão de segurança nacional conforme avaliação das autoridades.