Operação da PF no Tocantins: Afastamento de Wanderlei Barbosa completa 30 dias - O que sabemos até agora
PF no TO: Afastamento de Wanderlei Barbosa completa 30 dias

Já se foram trinta dias desde aquele 3 de setembro que sacudiu a política tocantinense. A Polícia Federal, com aquela precisão cirúrgica que a gente conhece, botou a mão na massa e o resultado foi o afastamento do governador Wanderlei Barbosa e da primeira-dama Gracely Barbosa. A coisa foi séria, viu?

A tal Operação Omertà — nome que parece saído de filme de máfia — mirava suspeitas de desvio milionário em contratos da área da saúde. Segundo as investigações, estamos falando de algo em torno de R$ 20 milhões que teriam sumido dos cofres públicos. Uma grana preta que, convenhamos, faz muita falta pra população.

Os mandados que pararam Palmas

A PF não veio de brincadeira. Foram nada menos que 26 mandados judiciais espalhados por Palmas, Miracema e até Brasília. A operação envolveu mais de cem agentes federais — um verdadeiro exército em busca de provas.

O cerco se fechou principalmente em torno de contratos com a Fundação Universidade do Tocantins (Unitins). A suspeita? Que servidores públicos teriam criado um esquema bem azeitado para desviar recursos através de empresas de fachada. Uma velha conhecida nossa, infelizmente.

As consequências imediatas

Wanderlei Barbosa, que já tinha passado pela Secretaria de Saúde do estado, foi afastado na marra do cargo. A primeira-dama Gracely, que respondia pela Secretaria de Cidadania e Justiça, também rodou. O vice, Laurez Moreira, assumiu as rédeas do governo — e que encrenca herdou, hein?

O Tribunal de Justiça do Tocantins foi categórico: afastamento por 90 dias, prorrogáveis por mais 90. Ou seja, a coisa pode se estender por até seis meses. Tempo suficiente para a PF juntar todos os cacos desse quebra-cabeça.

O que diz a defesa?

Os advogados de Barbosa, como era de se esperar, saíram em defesa do cliente. Alegam que o governador sempre agiu com transparência e que vai provar sua inocência. Afirmam ainda que as acusações são "infundadas" e que tudo não passa de um mal-entendido.

Mas convenhamos: quando a PF mexe, costuma ter coisa. E dessa vez não foi diferente — as buscas recolheram uma penca de documentos, computadores e até alguns valores em espécie que estavam... bem, digamos que em lugares incomuns.

O caso segue sob sigilo, mas os furos de reportagem vão aparecendo aos poucos. A impressão que fica é que ainda tem muita água pra rolar debaixo dessa ponte. E o povo tocantinense, claro, fica na expectativa — afinal, são seus impostos que estão em jogo.

Enquanto isso, o Palácio do Araguaia nunca pareceu tão silencioso. Os corredores do poder estadual ecoam um vazio que fala mais alto que qualquer discurso político. Resta saber quais novos capítulos essa história ainda reserva.