
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do influenciador digital conhecido como Kid Preto. Ele é acusado de participar ativamente de uma trama golpista que visava desestabilizar a democracia brasileira.
Em sua decisão, Moraes destacou a gravidade dos atos atribuídos ao réu, que incluem a disseminação de notícias falsas e a incitação à violência contra instituições democráticas. "Há indícios robustos de autoria e materialidade", afirmou o ministro em seu despacho.
Rejeição do habeas corpus
A defesa de Kid Preto havia impetrado um pedido de habeas corpus alegando ilegalidade na prisão. No entanto, Moraes considerou que a medida cautelar era necessária para garantir a ordem pública e as investigações.
O caso faz parte da Operação Lesa Pátria, que investiga grupos acusados de planejar atos antidemocráticos após as eleições de 2022. Até o momento, mais de 30 pessoas já foram presas preventivamente no âmbito da operação.
Repercussão política
A decisão ocorre em um momento de tensão entre o STF e setores da oposição, que criticam o que chamam de "judicialização da política". Especialistas em Direito Constitucional, no entanto, defendem que a atuação do Supremo tem sido fundamental para preservar o Estado Democrático de Direito.
O caso de Kid Preto deve seguir para julgamento no plenário virtual do STF nas próximas semanas. Enquanto isso, ele permanecerá custodiado no sistema prisional federal.