Michelle Bolsonaro lidera visitas a Jair Bolsonaro na prisão da PF
Michelle é quem mais visitou Bolsonaro na prisão

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) se tornou a pessoa que mais visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desde que ele foi preso na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal. O ex-mandatário está detido desde o dia 22 de fevereiro, acusado de envolvimento em uma trama golpista.

Frequência das visitas familiares

Desde que a prisão foi decretada, todos os filhos do ex-presidente já estiveram no local para visitá-lo. Carlos Bolsonaro (PL-RJ), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Jair Renan (PL-SC) e a caçula Laura Bolsonaro compareceram ao complexo da PF. No entanto, Michelle se destacou pela assiduidade.

Na quinta-feira, a ex-primeira-dama realizou sua terceira visita ao marido, sendo acompanhada pela filha Laura – que, na ocasião, viu o pai pela primeira vez no regime de prisão. Flávio Bolsonaro aparece em segundo lugar no ranking de visitas, tendo ido ao local duas vezes. O senador, contudo, ainda não visitou o pai após a confirmação de sua própria candidatura à Presidência da República em 2026.

Está previsto que tanto Michelle quanto Flávio voltem a visitar Jair Bolsonaro na próxima terça-feira. Já Jair Renan e Carlos visitaram o pai uma única vez cada. Carlos Bolsonaro poderia ter feito uma segunda visita na quinta, mas a defesa do ex-presidente pediu mudança na data, argumentando que o vereador já tinha uma viagem marcada para Santa Catarina. O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido.

Regras da prisão e detalhes da condenação

A Polícia Federal estabelece que as visitas aos presos naquela unidade só podem ocorrer às terças e quintas-feiras. Os encontros são individuais e têm duração máxima de 30 minutos.

Jair Bolsonaro cumpre pena por crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão. A sentença abrange cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Do total da pena, o ministro relator Alexandre de Moraes determinou que 24 anos e 9 meses sejam cumpridos em regime de reclusão. Os outros 2 anos e seis meses devem ser cumpridos em regime de detenção, além do pagamento de 124 dias-multa, fixados no valor de dois salários mínimos cada.

Progressão de pena e outros condenados

De acordo com a Vara de Execução Penal, o ex-presidente pode ter direito à progressão para o regime semiaberto apenas no ano de 2033. A liberdade condicional está prevista para 2037, enquanto o término total da pena se dará em 4 de novembro de 2052.

Além de Jair Bolsonaro, outros sete réus foram condenados pela mesma tentativa de golpe de Estado. Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto terão de cumprir penas que variam de 2 a 27 anos de prisão.