
Eis uma situação que deixou muita gente de cabelo em pé em Belford Roxo. A mãe de Oruam, jovem brutalmente assassinado em 2023, recebeu um repique financeiro que fez barulho: nada menos que R$ 50 mil em pagamentos retroativos num piscar de olhos — ou melhor, num único mês de trabalho na Câmara Municipal.
Detalhe que não passa despercebido: o valor, pago em março deste ano, corresponde a diferenças salariais acumuladas desde o ano passado. Algo que, convenhamos, não é exatamente comum no funcionalismo público. Será mera coincidência ou há algo mais por trás dessa generosidade repentina?
Os números que não fecham
Quando a conta não bate, o sinal amarelo acende. O salário base do cargo ocupado pela mãe de Oruam gira em torno de R$ 4.800. Mas como explicar então um depósito de R$ 50 mil de uma só vez? A justificativa oficial fala em "direitos trabalhistas", mas especialistas em direito administrativo torcem o nariz.
"Diferenças salariais desse montante exigiriam uma mudança brutal de patamar na carreira", comenta um jurista que prefere não se identificar. "Ou alguém errou feio na matemática, ou estamos diante de um caso clássico de benesse política."
O contexto que pesa
Não dá pra ignorar o timing. Oruam virou símbolo da violência urbana após ser morto com 18 tiros — crime que chocou o Rio. A família ganhou holofotes, e agora essa transação financeira atípica surge como lenha na fogueira.
A Câmara, é claro, garante que tudo está nos conformes. Mas você acredita em coincidências quando o assunto é dinheiro público? Eu também não.
Enquanto isso, nas redes sociais, a indignação ferve:
- "Cadê a prestação de contas detalhada?"
- "Isso cheira a indenização disfarçada"
- "Enquanto isso, servidores antigos esperam anos por revisões"
O caso escancara uma velha conhecida nossa: a falta de transparência nas contas públicas. E você, o que acha? Mero direito trabalhista ou manobra política às custas do erário?