
A política amapaense fervilha com um caso que mistura alegações graves e o mais puro suspense jurídico. A Câmara de Vereadores de Macapá, em uma sessão que pode ser descrita como tensa, deu luz verde para uma investigação de peso contra o prefeito da capital, Antônio Furlan. O estopim? Uma denúncia séria, muito séria, de que o gestor teria partido para a agressão física contra um servidor municipal.
Pois é, meus amigos, a coisa não está nada bonita. A tal Comissão Processante, aprovada com 15 votos a favor e apenas 2 contra, não é brincadeira não. Eles têm um prazo — que, convenhamos, voa — de até 120 dias para deslindar essa trama toda e apresentar um relatório final. A responsabilidade é enorme.
O que se Alega, Afinal?
O cerne da questão, e é de cortar o coração, é a acusação de que o prefeito, num suposto acesso de fúria, agrediu um funcionário da Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística (SEMMUR). O episódio, segundo a denúncia que correu os corredores do poder, teria acontecido no último dia 6 de agosto, dentro do próprio gabinete do prefeito. Um lugar que deveria ser de trabalho e decisão, não isso.
O vereador Professor Zé Carlos, que protocolou o pedido de investigação, não mediu palavras. Para ele, a acusação é de “violência física e constrangimento ilegal”. São acusações fortes, daquelas que deixam marcas, sejam elas físicas ou na reputação.
E o Prefeito? O que ele Diz?
Do outro lado do ringue, a defesa do prefeito Furlan nega tudo, e com veemência. Através de sua assessoria, ele classificou toda a situação como “infundada” e fruto de — adivinhem? — “motivações políticas”. A estratégia é clara: enquadrar o caso como mais uma manobra para atingi-lo, especialmente num momento onde a oposição estaria, nas palavras deles, “ansiosa por criar crise”.
Eles até mencionam que o suposto servidor agredido nem teria registrado um boletim de ocorrência. Um detalhe que, com certeza, será um dos pontos centrais desse imbróglio todo.
Enquanto isso, na Assembleia Legislativa do Amapá, um ecoar do caso. Um pedido de impeachment contra Furlan, baseado nos mesmos fatos, também começou a tramitar. A poeira, definitivamente, não vai baixar tão cedo.
Macapá prende a respira. O que sairá dessa investigação? Verdade? Estratagema político? A cidade espera, apreensiva, pela próxima jogada neste tabuleiro de xadrez do poder.