
Eis que a Justiça argentina se vê no centro de um daqueles escândalos que parecem saídos de um roteiro de filme – só que, infelizmente, é tudo verdade. Na terça-feira, 22 de agosto, a Polícia prendeu o juiz federal Rodolfo Eduardo Canicoba Corral, acusado de receber propina para, pasmem, arquivar uma ação judicial. Sim, você leu certo.
Não foi algo discreto, não. Segundo as investigações, o magistrado teria recebido nada menos que US$ 200 mil – uma pequena fortema – para enterrar um processo que investigava a empresa de energia Andis S.A. por supostos crimes ambientais. Coisa séria, gente.
Como Tudo Aconteceu – Ou Quase
A operação foi conduita pela força-tarefa do Ministério Público, com mandados de busca e apreensão em pelo menos três endereços ligados ao juiz. A coisa estava tão bem armada que as autoridades já tinham até gravações que incriminariam Canicoba Corral negociando valores e combinando encontros sigilosos.
Parece clichê, mas é a pura realidade: dinheiro em malas, encontros em estacionamentos, conversas codificadas. Tudo muito suspeito, tudo muito… cinematográfico.
E Agora, o Que Esperar?
O juiz já foi afastado das suas funções – obviamente – e responde agora a processos por corrupção e tráfico de influência. Se condenado, pode enfrentar anos atrás das grades. E não é pouco.
Mas o pior de tudo não é a queda de um homem só. É o que isso representa: mais um capítulo na longa novela de desconfiança que cerca o poder judiciário na Argentina. E a pergunta que fica é: quantos casos assim ainda não vieram à tona?
A opinião pública, claro, reage com uma mistura de indignação e… cansasso. Será que algum dia a corrupção vai dar trégua?