Flávio Bolsonaro convoca vigília e causa prisão de Jair Bolsonaro
Flávio Bolsonaro causa prisão do pai com convocação

Convocação para vigília resulta em prisão domiciliar

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a prisão domiciliar na noite desta sexta-feira, 22 de novembro de 2025, após uma convocação feita pelo senador Flávio Bolsonaro, seu filho, para uma manifestação em frente ao condomínio onde o ex-presidente reside em Brasília.

O papel de Flávio Bolsonaro no episódio

Através de suas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro fez um chamado direto aos apoiadores do ex-presidente para que participassem de uma vigília pela saúde do pai. Em sua convocação, o parlamentar utilizou linguagem combativa, questionando: "Você vai lutar pelo seu país ou vai assistir tudo aí da sua casa?".

Flávio ainda acrescentou: "Eu te convido para lutar com a gente. Nesse primeiro momento, a gente vai buscar o senhor dos exércitos. Eu te convido para uma vigília que começa neste sábado para orarmos pela saúde dele". A justificativa apresentada pelo senador foi a necessidade de lutar pela "volta da democracia no Brasil".

Riscos identificados pela Polícia Federal

Segundo informações da Polícia Federal, a convocação de Flávio Bolsonaro representava riscos significativos para a segurança e a ordem pública. A perspectiva de uma concentração de bolsonaristas nas imediações do condomínio onde o ex-presidente cumpria medidas restritivas levou as autoridades a determinarem a prisão domiciliar como medida preventiva.

O local já se encontrava sob vigilância reforçada da Polícia Militar, que mantinha viaturas estacionadas na frente do condomínio na noite em que a prisão domiciliar foi decretada. As imagens registradas mostram o aparato de segurança montado para conter possíveis aglomerações.

Consequências imediatas do episódio

A decisão de decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro ocorreu poucas horas após a convocação do senador Flávio Bolsonaro nas redes sociais. O episódio evidencia a tensão política permanente envolvendo o ex-presidente e seus familiares, além de demonstrar como convocações para manifestações podem ter consequências jurídicas imprevistas.

O caso também levanta questões sobre os limites da atuação política de familiares de figuras públicas que se encontram sob restrições judiciais, especialmente quando tais ações podem ser interpretadas como capazes de incitar aglomerações ou confrontos.