Escândalo na Câmara: Vereador de SP é acusado de desviar verba pública com aulas FANTASMAS de capoeira
Escândalo: aulas fantasmas de capoeira com verba pública

Parece que a criatividade para desviar dinheiro público não tem limites na política paulistana. Uma investigação de tirar o fôlego revelou um daqueles esquemas que faz a gente questionar tudo — um instituto ligado a um vereador de São Paulo está no centro de uma tempestade perfeita envolvendo aulas de capoeira que, pasmem, nunca existiram.

O buraco é mais embaixo, como se diz por aí. E olha que estamos falando de R$ 417 mil, uma grana que deveria estar fomentando cultura, mas que simplesmente evaporou. Sumiu. Foi para o brejo.

O modus operandi que envergonha

Como funciona essa maracutaia? O Instituto Cidadania e Ação, presidido pelo próprio vereador Arselino Tatto (PT), recebeu essa bolada através de emenda parlamentar do deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG). A justificativa? Custear aulas de capoeira para crianças e adolescentes na quebrada.

Mas aqui vem o pulo do gato — e que gato enorme! As tais aulas eram, nas palavras de uma testemunha, "totalmente fantasmas". Nem sinal de alunos, muito menos de professores. O espaço ficava mais vazio que estádio em jogo de time pequeno.

E não para por aí. Os valores pagos aos supostos monitores beiravam o absurdo: R$ 130 a R$ 150 por hora. Sinceramente, até professor universitário ganha menos!

As contradições que não fecham

O vereador, é claro, nega tudo. Diz que as atividades aconteciam normalmente e que tinha até lista de presença. Mas cadê essas listas? Onde estão os registros fotográficos? Os documentos que comprovariam tanta movimentação cultural?

Pois é. O silêncio é ensurdecedor.

E pensar que tudo isso acontecia bem debaixo do nosso nariz, no Jardim São Luís, zona sul da capital. Enquanto a população precisa se virar nos 30 para ter acesso a atividades culturais, alguns brincam de fazer mágica com o dinheiro que é de todos nós.

O que dizem os envolvidos

O deputado Zé Silva — que, diga-se de passagem, é de Minas Gerais — afirma que repassou os recursos por acreditar no projeto. "Acompanhei pela internet", disse ele. Internet? Sério? Como se fiscaliza um projeto social pela tela do computador?

Já o Instituto se defende dizendo que cumpriu todas as exigências legais e que prestou contas ao Ministério Público. Mas será que essas contas mostram realmente o que aconteceu — ou melhor, o que não aconteceu?

A verdade é que estamos diante de mais um caso que mancha a imagem da política e faz o cidadão comum perder a fé. Dinheiro público não é brinquedo, muito menos fantasma.

Enquanto isso, a capoeira — essa manifestação cultural tão rica e importante — vira mero pretexto para negociatas. Uma lástima.