
Parece que o buraco é mais embaixo — e bem mais escuro do que imaginávamos. Um relatório vazado recentemente joga luz sobre um esquema que, se confirmado, mancharia de vez a já conturbada história eleitoral brasileira. Empresas estariam metidas até o pescoço em táticas de intimidação e manipulação de votos durante a campanha de Jair Bolsonaro.
O pernil que virou arma política
Sim, você leu certo. Aquele mesmo pernil de domingo, que cheira a família e tradição, teria sido usado como moeda de troca em um jogo sujo. Funcionários de certas empresas — que prefiro não citar agora — relatam pressões descaradas. "Ou vota no candidato X, ou esquece o vale-alimentação", ouviam alguns. Cruel, não?
E não para por aí. Trabalhadores de fábricas no interior de São Paulo contam histórias de arrepiar:
- Fiscalização repentina da Receita em quem "ousou" discordar
- Promoções misteriosamente canceladas para eleitores "desalinhados"
- Até ameaças veladas de demissão em massa em cidades pequenas
O velho voto de cabresto 2.0
Parece piada pronta, mas é a pura verdade. Enquanto o mundo discute fake news e algoritmos, aqui reinventamos a roda da velha política coronelista — só que com CNPJ no lugar de coronéis. Alguns especialistas em direito eleitoral que conversei ficaram pasmos. "Isso é um retrocesso de 100 anos", disse um, pedindo anonimato.
E o mais irônico? Tudo isso acontecia enquanto certos discursos pregavam o "fim da velha política". Hipocrisia ou estratégia calculada? Você decide.
O silêncio que fala volumes
Até agora, nem o ex-presidente nem as empresas citadas se manifestaram sobre as acusações. Conveniente, não? Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização segue firme e forte — com alguns defendendo como "liberdade empresarial" e outros chamando de crime eleitoral escancarado.
Uma coisa é certa: se metade disso for verdade, estamos diante de um dos maiores escândalos políticos da década. E o pior? Pode ser só a ponta do iceberg. Fica a dúvida: quantos casos assim passaram — e ainda passam — despercebidos pelo Brasil afora?