
Numa tarde que parecia saída de um roteiro de drama político, Eduardo Bolsonaro — aquele que herdou do pai não só o sobrenome, mas também a habilidade de polarizar opiniões — deixou escapar um suspiro pesado ao comentar a notícia que todo o Brasil já esperava, mas ninguém queria acreditar.
"É como ver um caminhão desgovernado descendo a ladeira", disse ele, com a voz embargada. "Você sabe que o desfecho não vai ser bom, mas ainda assim torce por um milagre."
O peso da história
O ex-presidente Jair Bolsonaro, figura que dividiu águas como poucas na política nacional, agora enfrenta as consequências de atos que — segundo o STF — ultrapassaram os limites da legalidade. E o filho, deputado federal, não esconde o pesar.
"A gente sempre acha que tem mais tempo", confessou Eduardo, num raro momento de vulnerabilidade. "Mas a justiça tem seus próprios ponteiros."
Os bastidores do desfecho
Fontes próximas à família revelam que:
- Os advogados já trabalhavam com esse cenário há semanas
- Havia um plano B para eventualidades jurídicas
- A reação nas redes sociais foi imediata — tanto de apoio quanto de crítica
Numa esquina de Brasília, um grupo de apoiadores velhos — daqueles que carregam bandeiras desde os comícios de 2018 — parecia mais perdido que cão em dia de mudança. "É difícil engolir", admitiu um deles, pedindo para não ser identificado.
E agora, José?
Enquanto isso, no Planalto, o clima era de alívio contido. Alguns ministros — aqueles que preferem o low profile — mal disfarçavam o sorriso. Outros, mais cautelosos, limitavam-se a comentários genéricos sobre "o respeito às instituições".
Nas ruas, a polarização que marcou os últimos anos não deu trégua. De um lado, os que comemoravam como se fosse final de Copa do Mundo. Do outro, os que juraram "não deixar barato".
E no meio disso tudo, Eduardo — o filho que herdou os traços faciais do pai, mas tenta construir uma imagem própria — parece preso num dilema shakespeariano: lealdade familiar versus dever institucional.
"A vida política brasileira nunca foi um mar de rosas", filosofou um analista, enquanto ajustava a gravata para mais uma entrevista. "Mas hoje, definitivamente, as espinhas estão mais afiadas."