O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) emitiu um forte pronunciamento neste sábado, 22 de novembro de 2025, em resposta à prisão de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma publicação extensa na rede social X, o filho do ex-mandatário fez um apelo direto aos apoiadores da família.
Chamado à mobilização sem tréguas
Carlos Bolsonaro foi enfático ao convocar seus seguidores para que adotem a defesa da liberdade de Jair Bolsonaro como prioridade absoluta. Ele pediu que este se tornasse o "único foco" dos apoiadores, destacando que a mobilização deve ocorrer "sem descanso, sem desânimo e sem cálculos eleitorais".
Em sua manifestação, o vereador também incluiu a defesa do que chamou de "perseguidos políticos", ampliando o escopo de sua convocação para além do caso específico de seu pai.
Teoria conspiratória e críticas ao sistema
O tom adotado por Carlos Bolsonaro na publicação foi marcadamente conspiratório. Sem apresentar evidências concretas, ele afirmou que a prisão do ex-presidente faria parte de um plano maior para "fabricar uma direita permitida" no país.
Segundo sua interpretação, o objetivo desse suposto plano seria permitir que a "democracia das cartas marcadas e do teatro das tesouras voltasse a funcionar como sempre funcionou" antes da eleição de Bolsonaro em 2018.
Os motivos da prisão de Jair Bolsonaro
A prisão do ex-presidente ocorreu na manhã deste sábado, 22 de novembro, seguindo pedido da Polícia Federal. A decisão foi fundamentada no risco de fuga e na necessidade de garantir a ordem pública.
O ministro Alexandre de Moraes, em sua decisão, citou especificamente a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro na portaria do condomínio onde o pai cumpria detenção domiciliar como um dos fatores que motivaram a medida.
Um elemento crucial na decisão foi o alerta do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal sobre uma violação do equipamento de monitoramento eletrônico usado pelo ex-presidente.
De acordo com as informações do ministro, a possível ruptura da tornozeleira eletrônica teria ocorrido às 0h08 do dia 22 de novembro de 2025. Moraes afirmou em sua decisão que "a informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga".
Jair Bolsonaro foi conduzido para a superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanece custodiado.